quarta-feira, 28 de novembro de 2018

BPI mexe no target de 15 cotadas do PSI-20. Semapa e Mota-Engil com maior potencial

O BPI/Caixa Bank reviu os preços-alvo e as recomendações de várias cotadas da bolsa nacional. A Semapa e a Mota-Engil lideram a lista das que têm maior potencial de valorização.

O BPI/Caixa Bank fez uma revisão à avaliação de 15 cotadas do PSI-20. De acordo com a análise do banco, a Semapa e a Mota-Engil são as duas cotadas com maior potencial de valorização (mais de 70%). As que têm menos são a Cofina (fora do PSI-20), empresa que detém o Jornal de Negócios, e a EDP (pouco mais de 16%). Esta é a primeira vez este ano que o BPI/Caixa Bank analisa também o próximo ano, traçando as perspectivas que tem para cada cotada em 2019.

A revisão é datada desta terça-feira, 27 de Novembro, mas o Negócios só teve acesso hoje aos documentos. Destacam-se aqui essas 15 cotadas, mais duas fora do principal índice nacional.

Navigator
O preço-alvo da cotada subiu ligeiramente de 5,20 para 5,25 euros, uma subida implícita de 0,96%. A Navigator está neste momento a cotar nos 3,716 euros pelo que o potencial de valorização é de 41,28%. O BPI/Caixa Bank manteve a recomendação de "comprar". Um menor impacto das tarifas norte-americanas, a subida do preço do papel e dois novos projectos da empresa mantêm a cotada como apetecível aos olhos do banco.

Semapa
O preço-alvo da cotada subiu dos 24,45 euros para os 24,8 euros, uma subida implícita de 1,43%. A Semapa está neste momento a cotar 13,82 euros pelo que o potencial de valorização é de 79,45% - é a cotada que apresenta um maior potencial na avaliação do BPI/Caixa Bank, que mantém a recomendação de "comprar". O banco refere que a baixa liquidez da Semapa é um constrangimento, mas considera que a queda que registou desde o pico deste ano foi superior à da Navigator (cotada que detém) e do PSI-20, pelo que o potencial de recuperação é grande.

Altri
O preço-alvo da cotada baixou dos 9,4 euros para os 8,45 euros, uma descida implícita de 10%. A Altri está neste momento a cotar nos 6,51 euros pelo que, ainda assim, o potencial de valorização é de 29,8%. O corte do preço-alvo é justificado pelo BPI/Caixa Bank pelo mais baixo volume de negócios face ao esperado e a subida dos custos. A recomendação mantém-se em "neutral".

Cofina
O preço-alvo da cotada subiu dos 50 cêntimos para os 77 cêntimos, uma subida implícita de 54%. No entanto, a Cofina, que detém o Jornal de Negócios, é uma das cotadas com menor potencial de valorização (16,7%) face à cotação actual de 66 cêntimos. O BPI/Caixa Bank assinala que os desafios do sector dos media continuam a gerar preocupações, mas destaca pela positiva o desempenho da CMTV e a redução da dívida da empresa. O banco mantém a avaliação de "underperform".

Corticeira Amorim
O preço-alvo da cotada baixou de 12 euros para 11 euros, uma descida implícita de 8,3%. A Corticeira Amorim está neste momento a cotar nos 9,15 euros pelo que o potencial de valorização é de 20,22%. A recomendação do BPI/Caixa Bank mantém-se em "neutral". Em causa estão as receitas que começam a ser impactadas pelo aumento dos preços dos materiais não transformados.

CTT
O preço-alvo da cotada subiu de 4,2 euros para os 4,5 euros, uma subida implícita de 7,14%. Os CTT estão neste momento a cotar 3,454 euros pelo que o potencial de valorização é de 30,28%. A recomendação do BPI/Caixa Bank continua a ser "comprar". O banco expressa preocupações sobre a capacidade da empresa de atingir os padrões regulatórios.

Mota-Engil
O preço-alvo da cotada desceu de 4 euros para 3,1 euros, uma descida implícita de 22,5%. A Mota-Engil está neste momento a cotar nos 1,742 euros pelo que o potencial de valorização é de 77,96%. O BPI/Caixa Bank mudou a recomendação de "neutral" para "comprar". A cotada está em mínimos de Janeiro de 2017, mas o banco considera que há espaço para valorização dada a exposição "única" ao sector das infraestruturas em África, que está a crescer a um ritmo elevado.

Nos
O preço-alvo da cotada subiu de 6,25 euros para os 6,35 euros, uma subida implícita de 1,6%. A Nos está neste momento a cotar nos 5,185 euros pelo que o potencial de valorização é de 22,47%. O BPI/Caixa Bank mantém a recomendação de "comprar", antecipando um aumento das margens da empresa e uma maior distribuição de dividendos aos accionistas.

Sonae Capital
O preço-alvo da cotada baixou de 1,35 euros para 1,25 euros, uma descida implícita de 7,41%. A Sonae Capital está neste momento a cotar nos 74 cêntimos pelo que o potencial de valorização é de 68,92%. O BPI/Caixa Bank mantém a recomendação de "comprar". O banco antecipa que a cotada continue a beneficiar do bom momento do mercado imobiliário em Portugal, "o que poderá accionar dividendos extraordinários em 2019".

Impresa
O preço-alvo da cotada baixou de 33 cêntimos para 22 cêntimos, uma descida implícita de 33,33%. A Impresa está neste momento a cotar nos 17,2 cêntimos pelo que o potencial de valorização é de 27,91%. O BPI/Caixa Bank manteve a recomendação "neutral", expondo preocupações sobre a dívida da empresa e a evolução das tendências da publicidade.

EDP
O preço-alvo da cotada baixou de 3,6 euros para 3,55 euros, uma descida implícita de 1,39%. A EDP está neste momento a cotar nos 3,06 euros pelo que o potencial de valorização é de 16,01%. O BPI/Caixa Bank manteve a recomendação "neutral". O banco diz que, assumindo que a OPA da CTG avança, a oferta deverá melhorar dado que tanto o mercado como a administração da empresa consideram o valor oferecido baixo.

REN
O preço-alvo da cotada baixou de 2,9 euros para 2,85 euros, uma descida implícita de 1,72%. A REN está neste momento a cotar nos 2,384 euros pelo que o potencial de valorização é de 19,55%. O BPI/Caixa Bank manteve a recomendação de "comprar". O banco elogia os ganhos de eficiência na actividade regulada da empresa.

EDP Renováveis
O preço-alvo da cotada subiu de 9,15 para os 9,7 euros, uma subida implícita de 6,01%. A EDP Renováveis está neste momento a cotar nos 7,625 euros pelo que o potencial de valorização é de 27,21%. O BPI/Caixa Bank mudou a recomendação de "neutral" para "comprar". O banco considera que a estratégia da empresa está num bom caminho, mas aguarda mais detalhes no primeiro semestre do próximo ano dado que a apresentação dos planos foi adiada por causa da OPA da CTG.

Galp
O preço-alvo da cotada desceu de 17,2 euros para 17,1 euros, uma descida implícita de 0,58%. A Galp está neste momento a cotar nos 14,435 euros pelo que o potencial de valorização é de 18,46%. O BPI/Caixa Bank melhorou a avaliação de "underperform" para "neutral". O banco refere que vê espaço para uma melhoria dos dividendos distribuídos aos accionistas.

Sonae
O BPI/CaixaBank reiniciou a cobertura das acções da Sonae atribuindo-lhes um preço-alvo de 1,2 euros, um valor que não tem comparação uma vez que os analistas suspenderam a avaliação da empresa por causa da ida para a bolsa do segmento de retalho. A cotada negoceia actualmente nos 83,4 cêntimos pelo que o potencial de valorização é de 43,88%. A recomendação do banco é de "comprar". O BPI/Caixa Bank considera que a cotação da Sonae representa uma "avaliação barata", reflectindo várias preocupações com o grupo.

Jerónimo Martins
O preço-alvo da cotada baixou de 16,9 euros para os 15,85 euros, uma descida implícita de 6,21%. A Jerónimo Martins está neste momento a cotar nos 10,55 euros pelo que o potencial de valorização é de 50,24%. O BPI/Caixa Bank manteve a recomendação de "comprar". O banco espera que o mercado da Colômbia traga um impacto positivo no próximo ano, numa altura em que o mercado polaco está em desaceleração.

BCP
O preço-alvo da cotada baixou de 37 cêntimos para 34 cêntimos, uma descida implícita de 8,1%. O BCP está neste momento a cotar nos 24,3 cêntimos pelo que o potencial de valorização é de 39,92%. O BPI/Caixa Bank melhorou a recomendação de "neutral" para "comprar". O banco considera que o BCP está a reduzir a sua exposição a activos não produtivos. Um aumento dos juros poderá beneficiar o banco no próximo ano.

Fonte: Jornal de Negócios

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