segunda-feira, 14 de abril de 2014

Banif aumenta capital em 138,5 milhões de euros

O Banif vai aumentar o seu capital em 138,5 milhões de euros, através de oferta pública destinada a privilegiar os actuais accionistas e clientes do banco, revelou Jorge Tomé, presidente do Banif, num encontro com jornalistas.
 
Em paralelo o banco vai continuar a negociar com as autoridades da Guiné Equatorial que também poderá aproveitar esta operação para entrar no capital do Banif.
 
As acções vão ser vendidas a 1 cêntimo, tal como nas operações anteriores, e a colocação integral da operação permitirá aos investidores privados recuperarem a maioria dos direitos de voto no banco, passando a ter mais de 50% destes direitos contra os actuais 42%.
 
O Estado passará a ter uma posição no capital equivalente a 60%, que corresponde a 49% dos direitos de voto.


In' Jornal de Negócios

terça-feira, 8 de abril de 2014

Microsoft termina esta terça-feira o suporte ao Windows XP

A Microsoft, ao fim de 12 anos, vai deixar, a partir desta terça-feira, 8 de Abril, de dar suporte ao Windows XP, o sistema operativo com a vida mais longa na história da empresa.
 
Passada mais de uma década, a Microsoft admite, em comunicado, que “o XP é hoje um sistema operativo limitado, incapaz de suportar algumas das novas aplicações recentemente lançadas, bem como de assegurar os níveis de segurança, estabilidade e produtividade que empresas e particulares necessitam”.
 
A partir deste 8 de Abril, a empresa norte-americana de “software” vai deixar de lançar actualizações para correção de vulnerabilidades, de "bugs" [pequenos defeitos], ou novas funcionalidades, entre outras.
 
Assim, a Microsoft aconselha os utilizadores a “instalar uma opção mais moderna do sistema operativo Windows, mais preparada para lidar com os desafios tecnológicos dos dias de hoje”, acrescentou a mesma fonte.
 
No campo empresarial, a Microsoft alerta que o fim do suporte ao XP poderá acarretar desafios: como a possibilidade de perda de informação pela vulnerabilidade a ataques, aumento dos custos de manutenção do PC sem actualização de segurança, ou falhas em auditorias e perda de certificações de qualidade.
 
A empresa, citando números da IDC Portugal, alerta que “o custo anual hoje de manutenção de um PC com Windows XP é de 548 euros, valor que desce para os 150 euros no caso de ser um computador com Windows 8 (menos de um terço)”.
 
“Para as pequenas empresas, a Microsoft disponibiliza o Windows Upgrade Assistant que permite verificar a compatibilidade do hardware e software instalado num PC. Para as empresas de maior dimensão, cujo processo de migração é mais complexo, existe um conjunto de outras ferramentas que podem também ajudar neste processo e que estão disponíveis em www.microsoft.com/springboard”, detalhou a mesma fonte.
 
Em Portugal, como o Negócios noticiou, as caixas multibanco [ATM] em Portugal vão escapar à falta de suporte do Windows XP, sistema operativo da Microsoft, que está presente em cerca de 95% dos ATM do mundo. 
 
Em Portugal, "nos casos mais específicos como ATM, POS [máquinas de pagamento nas lojas], equipamentos fabris ou outros, a maior parte dos dispositivos é fabricado com o Windows XP Embedded pré-instalado e esta versão tem um ciclo de vida independente e o seu suporte só vai terminar no dia 12 de Janeiro de 2016", como explicou ao Negócios, Rita Santos, directora do negócio Windows na Microsoft Portugal.
 
Mas, nem assim Portugal deverá ser afectado: "O fim do suporte técnico ao Windows XP não terá qualquer impacto na Rede de ATM Multibanco, nem põe em causa a sua segurança", garantiu fonte oficial da gestora da rede Multibanco. Os ATM nacionais utilizam um sistema operativo diferente e daí ficar de fora destas alterações.
 
Também em relação ao Office, a Microsoft vai deixar de dar suporte à versão de 2003, aconselhando à migração para o Office 365.
 
O fim do XP poderá acelerar a renovação do parque informático de algumas empresas, cujas máquinas poderão não aguentar o processamento dos novos Windows 7 e 8.1. Contudo, a Microsoft refere que equipamentos com seis ou sete anos suportam os novos sistemas operativos, sem haver necessidade de novo investimento.
 
 
In' Jornal de Negócios

segunda-feira, 7 de abril de 2014

CEO da Europa, África e América Latina entram na administração da Mota-Engil

A Mota-Engil vai alargar o conselho de administração dos actuais 15 para 16 membros, fazendo entrar neste órgão os CEO das suas áreas de negócio da Europa, África e América Latina.
 
De acordo com a proposta da accionista Mota Gestão e Participações para o conselho de administração no mandato 2014-2017, que será votada na assembleia geral mercada para 30 de Abril, passam a integrar este órgão Martinho de Oliveira, CEO da Europa, Gilberto Rodrigues, CEO de África, e João Parreira, CEO da América Latina.
 
De acordo com a proposta, deixam de fazer parte do conselho de administração da Mota-Engil Maria Isabel Peres e Pedro Antelo. Os restantes administradores mantêm-se.
 
Na passada segunda-feira, na apresentação dos resultados anuais, o presidente executivo Gonçalo Moura Martins considerou que o grupo precisa de “maior descentralização ao nível do processo de decisão”, admitindo ter “membros da comissão executiva no exterior”.
 
Portugal é actualmente o quarto mercado mais importante para o grupo, depois de Angola, Malawi e Peru.  Os mercados externos representaram em 2013 74% do volume de negócios da Mota-Engil, tendo o CEO admitido que em 2014 esse peso ultrapasse os 80%.


In' Jornal de Negócios

Plano da REN para investir mais de mil milhões na rede eléctrica leva “cartão vermelho” da ERSE

Regulador da energia recomenda à REN que reformule o seu plano para a electricidade, que prevê investimentos de 1.065 milhões de euros até 2018, tendo a ERSE concluído que o agravamento que o plano provocará nas tarifas dos consumidores portugueses “não se justifica” e que a proposta da REN “carece de informação” detalhada.   

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terça-feira, 1 de abril de 2014

Ulrich «confiante» numa solução rápida para os impostos diferidos

O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, está «confiante» que o Governo português vai adotar em breve uma solução relativa à questão dos impostos diferidos que esteja em linha com as pretensões da banca, invocando a concorrência a nível europeu.

«Estou confiante que o assunto está a caminhar bem e que em breve teremos notícias», afirmou hoje o banqueiro, num encontro com jornalistas em Lisboa, citado pela Lusa.

Ulrich considerou que a implementação em Portugal de uma solução semelhante à adotada noutros países europeus, como Espanha, onde os impostos diferidos foram transformados em créditos fiscais, «é da mais elementar justiça», até porque, vincou, «os bancos portugueses competem» no mercado com os seus congéneres europeus.

As novas regras de contabilidade de Basileia III, que entraram em vigor a 01 de janeiro, obrigam os bancos a deduzir aos fundos próprios os ativos por impostos diferidos que foram acumulando, apenas podendo contabilizar como capital aqueles em que haja a garantia quase total da sua utilização ou que tenham um valor económico igual ao seu valor contabilístico.

Isto tem levado os banqueiros a exigir ao Governo alterações à lei, semelhantes às de Espanha, que abriu a possibilidade de os impostos diferidos serem transformados em créditos fiscais.

Sem uma solução, há o risco de alguns bancos terem de fazer novos aumentos de capital e poderão mesmo ter de pedir mais dinheiro ao Estado, o que também teria impacto nas contas públicas.

No entanto, o Governo tem estado reticente em aceder à reivindicação da banca, a menos que entretanto o Eurostat tenha um entendimento diferente, devido ao impacto significativo no défice público da solução proposta pelos bancos.

Só os principais bancos a operar em Portugal têm quase 5.000 milhões de euros acumulados em impostos diferidos - sobretudo do BCP e da Caixa Geral de Depósitos -, que teriam de ser retirados dos rácios de capital, pelo que os bancos precisam de uma solução até ao final de março.


In' TVI24