A Galp energia anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 179 milhões de euros, menos 49% do que no período homólogo e acima das previsões dos analistas. O EBITDA caiu 35,5% para 472 milhões de euros.
Os analistas apontavam para que a petrolífera apresentasse lucros de 163 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com um EBITDA de 438 milhões de euros.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa explica que a redução no resultado líquido "replacement cost ajustado" (RCA) “foi causada pela menor contribuição dos resultados operacionais dos segmentos de Exploração & Produção e de Gas & Power".
“A diminuição do resultado foi, porém, atenuada por um maior contributo das empresas associadas e por uma diminuição da taxa efectiva de imposto fruto da quebra no IRP referente a Angola”, sublinha a *Galp*.
As vendas e prestações de serviços foram de 9,050 mil milhões de euros, o que esteve em linha com o valor ajustado, que baixou 21,2% em relação ao período homólogo. A descida “foi transversal aos três segmentos de negócio, que foram todos afectados pelo contexto económico adverso do período, que por sua vez afectou negativamente o preço do crude, o mercado dos produtos petrolíferos e a procura de gás natural”, explica o comunicado.
O resultado operacional caiu 57,3% para os 340 milhões de euros. O desempenho operacional nos primeiros nove meses de 2009 “foi influenciado pela queda das cotações do dated Brent e pelos menores volumes vendidos de gás natural, o que teve um efeito adverso nos resultados dos segmentos Exploração & Produção e Gas & Power, respectivamente”.
“A continuação da deterioração das margens de refinação afectou negativamente o desempenho operacional do segmento de Refinação & Distribuição, que beneficiou, porém, do contributo positivo das aquisições das filiais da Agip e da ExxonMobil”, acrescenta a mesma fonte.
O investimento foi de 435 milhões de euros, dos quais 39,4% no terceiro trimestre, e foi “predominantemente canalizado para o projecto de conversão das refinarias”.
Em Portugal, o mercado de produtos petrolíferos representou 8 milhões de toneladas nos primeiros nove meses de 2009, o que esteve em linha com o período homólogo. O mercado de gasóleo aumentou 3,2% face aos primeiros nove meses de 2008, para os 4,1 milhões de toneladas, enquanto que o mercado da gasolina contraiu 1,0% para 1,1 milhões de toneladas. O mercado do jet continuou a não apresentar sinais de recuperação e contraindo 7,0% para 0,7 milhões de toneladas.
Fonte: Jornal de Negócios
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