Há quatro anos foi beatificado, no dia 13 de novembro de 2005, Pela Papa Bento XVI, o nosso querido Mestre e Irmão Universal, Charles de Foucauld. Podemos até dizer que ele, com o seu jeito de viver, abandonando-se totalmente em Deus, “Meu Pai, a vós me abandono. Fazei de mim o que quiserdes. O que de mim fizerdes, eu vos agradeço...”, é o Francisco de Assis dos nossos tempos.
A Mística Cristã se apóia na força interior do amor e da entrega. Chega à loucura do perdão aos inimigos e ao desapego dos bens materiais. A ter espírito de criança. “Aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele” (Mc 10,15). Charles de Foucauld foi atraído a fazer o seguimento de Cristo. Chamado a descobrir a infinita grandeza do amor, na contemplação da vida de Jesus de Nazaré, que foi “obediente e humilhou-se até a morte e morte de cruz” (Fl 2,8).
Ele irradiou a caridade divina e levou a presença eucarística aos pobres e nômades, não evangelizados, no Deserto do Saara. “Estou pronto e aceito tudo, contando que a vossa vontade se faça em mim e em todas as criaturas” (oração do abandono). Aos vinte e oito anos se encontrou com Deus.
Pe. Huvelin da Paróquia de Santo Agostinho, em Paris, foi instrumento de Deus e marcou para sempre a sua vida. Em 1901 foi ordenado sacerdote e fixou residência na África, tornando-se amigo e irmão de todos e vivendo a fascinante experiência do Amor de Deus.
Dessa mística, nasceu na Igreja Católica, uma Família Religiosa, pouco conhecida, surgida na Argélia em 1933, atualmente com 1900 membros, espalhados pelo planeta. São religiosos que acreditam que a maneira mais eficaz de levar a mensagem do Evangelho é atuando e agindo no anonimato.
Vivem eles uma vida simples e costumam infiltrar-se em empresas e favelas. São profissionais bem preparados e qualificados, que preferem não revelar sua condição religiosa. Anunciam a boa nova com a própria vida, estando no dia-a-dia das pessoas e compartilhando seus problemas e tentando ajudá-las com gestos concretos, nunca com sermões. Chamados, a exemplo do Irmão Charles Foucauld, que viveu entre 1858 e 1916, a gritar o Evangelho com a própria vida.
Fonte: CatolicaNet
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