Uma execução realizada na manhã deste sábado (21), em João Pessoa, retrata bem o cenário de caos existente na segurança pública da Paraíba, agravada recentemente pela greve dos delegados da Polícia Civil. O ex-presidiário Carlos Freitas Nascimento, 48 anos, foi executado a tiros de revólver no bairro de Tambiá e mais de três horas depois do crime o seu corpo ainda não tinha sido retirado do local, por simples falta de delegado plantonista que desse a ordem de remoção.
O assassinato aconteceu na rua Barreto Sobrinho, em Tambiá, por volta das 7h. Ele passava pela rua em direção a sua casa, que fica próximo, quando foi abordado e assassinado por um homem ainda não identificado, que fugiu em seguida.
Segundo o sargento Pedro João da Silva, do 1º Batalhão de Polícia Militar e que estava no local fazendo a proteção do corpo, Carlos Freitas já tinha tentado no passado por duas vezes matar um desafeto, e inclusive chegou a cumprir pena em regime fechado por causa destes delitos. “Atualmente ele cumpria pena no sistema semi-aberto, mas acabou executado hoje. Isto é tudo o que podemos informar até agora”, destacou.
É justamente por causa deste problema existente no passado da vítima que faz a polícia acreditar na tese de vingança para o crime. Mas o sargento fez questão de ressaltar que só as investigações podem confirmar isto.
Carlos Freitas Nascimento trabalhava atualmente no conserto e restauração de instrumentos musicais clássicos e ao lado de seu corpo foi encontrado um violino, que não foi roubado. Isto apenas reforça a tese de vingança ou acerto de contas, já que o assassino não levou nada da vítima.
Greve dos delegados
A greve dos delegados da Polícia Civil teve início no dia 22 de outubro. A categoria reivindica a paridade salarial com os procuradores estaduais ou com os delegados do Rio Grande do Norte.
O valor pedido varia entre R$ 8 mil e R$ 9,1 mil. Atualmente, a renda inicial de um delegado de Polícia Civil na Paraíba está em R$ 5,3 mil, salário que, segundo a categoria, é o menor do país.
Os delegados ainda exigem a remuneração de plantões aos fins de semana, jornada semanal de 40 horas de trabalho e implantação de plantonistas nas delegacias das cidades do interior. Os delegados aguardam em greve uma contraproposta do governo da Paraíba.
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