segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Intervenção do Estado na Qimonda destina-se a recuperar postos de trabalho

A intervenção do Estado na Qimonda "é uma operação de natureza financeira" destinada à "recuperação dos postos de trabalho" na empresa de Vila do Conde, esclareceu hoje o secretário de Estado da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina.

"O Estado neste momento é um credor importante da empresa; é uma operação de natureza financeira de transformação de dívida em capital", afirmou o governante à margem da "Semana do Empreendedorismo" que decorre até 22 de Novembro em Lisboa.

Fernando Medina referiu que o ponto mais importante desta intervenção do Executivo "é a operação de procura da recuperação dos postos de trabalho e da instalação de actividades dentro daquele espaço em Vila do Conde".

"É nisso que continuamos empenhados, é nisso que estamos a trabalhar, uma parte está mais avançada, continuaremos a trabalhar para o restante", disse.

O secretário de Estado comentava aos jornalistas a informação hoje avançada pelo 'Diário Económico' segundo a qual a nova Qimonda Portugal vai ser controlada pelo Estado, BES e BCP, os principais credores da empresa.

Segundo o mesmo jornal, que cita Basílio Horta, presidente da AICEP, a Qimonda, que sairá da assembleia de credores do próximo dia 25 vai contar com uma participação de 12% deste organismo, que fica parqueada no Tesouro.

O BCP e o BES serão os accionistas maioritários da empresa que terá um capital social de 30 milhões de euros.

Instado a explicar o papel da agência de investimento, Fernando Medina lembrou que "já houve dinheiros públicos que entraram no apoio à Qimonda ao longo dos anos", refere.

"Agora, em concreto, trata-se de uma operação de passagem de dívida de capital que é uma forma de garantia maior do ponto de vista do Estado relativamente ao que ali dispõe e uma parte de operação de viabilização da empresa".

Logo, "não se traduz em nenhuma entrada de capital líquido adicional da empresa, mas sim numa operação de natureza financeira que permita continuar a desenvolver os esforços para a recuperação de postos de trabalho e de manutenção da capacidade produtiva".

Fernando Medina reiterou ainda que "independentemente dos níveis de actividade da actual empresa, [a intervenção do Estado] significa uma operação financeira em que o Estado é credor através de várias instituições, transformar isso em capital de uma empresa que depois pode ser alienado ou vendido".

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