sábado, 26 de dezembro de 2009

Buscas em Londres após tentativa de atentado num avião

Um homem tentou ontem detonar um engenho explosivo a bordo de um voo da Delta Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão, na Holanda, e Detroit, nos EUA. A Presidência dos EUA considerou o acidente como "uma tentativa de atentado". O jovem nigeriano disse pertencer à Al-Qaeda e já estava referido nas listas de suspeitos de ligações ao terrorismo internacional. Estudava numa universidade de Londres, cidade onde desde esta manhã se realizam buscas relacionadas com a investigação.
O avião Northwest Airlines 253 transportava 278 passageiros entre a Europa e os EUA. O incidente ocorreu na altura da aterragem, às 12:00 horas locais, 17:00 em Lisboa. Um passageiro “causou problemas” tentando acender o que parecia ser petardos disse um porta-voz da Delta Airlines, proprietária da Northwest Airlines. “O passageiro foi imobilizado imediatamente. A Delta colabora com o inquérito das autoridades”, disse Susan Elliott.
O congressista Peter King, membro do Comité de Segurança Interna, revelou à Fox News que se tratou de um "dispositivo sofisticado". Abdul Farouk Abdulmutallab terá tentado detonar um produto explosivo que transportava sob a forma de pó, mas falhou e outros passageiros impediram de voltar a tentar ou que o incêndio que o nigeriano provocou acabasse por provocar uma explosão.
Um dos passageiros disse à WDIV, afiliada da cadeia televisiva CNN, que a explosão foi pequena e soou como o rebentamento de um balão, mas isso foi suficiente para instalar o pânico a bordo, no momento da aterragem. O suspeito ficou ferido e teve de ser assistido devido às queimaduras que sofreu, que não foram mais graves porque os outros passageiros se apressou a abafar as chamas.
“O Presidente foi informado acerca do incidente desta manhã, entre as 9:00 e as 9:30, hora do Havai [local onde Barack Obama se encontra de férias]”, adiantou Bill Burton, porta-voz adjunto da Casa Branca. “O Presidente convocou de imediato uma conferência telefónica segura com John Brenan, o seu conselheiro para a segurança interna e o contra-terrorismo, e com Denis McDonough, o secretário-geral do NSS”, o serviço nacional de segurança dependente da polícia federal, explicou Burton.
Obama “ordenou que sejam tomadas todas as medidas necessárias para reforçar a segurança das viagens aéreas. O Presidente acompanha de perto a situação e é regularmente informado”.
Explosivo e instruções adquiridos no Iémen
Um porta-voz do FBI (Federal Boreau of Investigation, polícia federal) de Detroit disse à AFP que foi aberto um inquérito. Citando um memorando federal, a CNN adiantou que o suspeito disse aos investigadores que foi no Iemén que adquiriu o explosivo e recebeu as indicações sobre como o usar.
Abdul Farouk Abdulmutallab, nigeriano de 23 anos, admitiu ter ligações à rede terrorista Al-Qaeda. O congressista Peter King, membro do Comité de Segurança Interna, disse à Fox News e à CNN que “o suspeito tem ligações ao terrorismo”, segundo os dados dos serviços de informação.
Judith Sluiter, porta-voz do coordenador anti-terrorismo da Holanda, disse que o nigeriano fez escala no aeroporto de Amesterdão-Schiphol, mas não especificou vindo de onde. King adiantou que o suspeito “entrou num avião na Nigéria e fez escala em Amesterdão, com destino a Detroit”.
Buscas em Londres
O inquérito desencadeado pelo FBI tem a colaboração de polícias de outros países. No Reino Unido, a Scotland Yard anunciou que está efectuar buscas em Londres. “Estamos em contacto com as autoridades americanas e estão em cursos rusgas em Londres”, disse à AFP um porta-voz do organismo policial.
A comunicação social britânica adiantou que Abdul Farouk Abdulmutallab estuda engenharia na University College London (UCL). Um porta-voz da universidade não quis confirmar ou desmentir esta informação à AFP, nem a polícia britânica revelou se o nigeriano já constava dos seus ficheiros como suspeito de ligações a grupos terroristas.
Mesmo sem confirmação oficial, continuam a surgir ligações deste caso a estudantes da UCL. A BBC revelou que agentes equipados com protecção usada pela polícia forense estão a revistar um apartamento situado perto da universidade. Esta é última morada conhecida de um jovem britânico que estuda engenharia mecânica há dois anos, na UCL.

Faça uma visita à fonte da informação clicando aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário