quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Igreja Católica considera casamento gay "atentado à família", petição pode travar processo

O bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, considerou hoje que a aprovação do casamento homossexual pelo Governo "é um atentado à família, que tem como fundamento o matrimónio entre pessoas de sexos diferentes". D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, diz também que a idéia é ofensiva para a consciência cristã e uma agressão à alma de Portugal. Mais longe vai o arcebispo de Braga ao insistir na realização de um referendo. Com o objectivo de suspender o processo legislativo, vai ser entregue no Parlamento uma petição com mais de 75 mil assinaturas.

"Atribuir o instituto do casamento a outro tipo de uniões que não respeitem a natureza e os objectivos do casamento, nomeadamente a procriação, é um desrespeito à família", sustentou.

No dia 17 de Dezembro, o Governo aprovou alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas que excluem a possibilidade de adopção.

Bispo de Viseu
Para D. Ilídio Leandro, o Governo "deve ser um órgão que procura defender e acautelar os valores fundamentais do seu povo".

Por isso, "em Portugal, os valores do casamento e da família devem ser preservados", argumentou.

O bispo de Viseu criticou a decisão do Governo "no seu conteúdo, na forma e no tempo", por ser "um atentado à instituição fundamental, de sustento e referência do Natal".

"Todas as épocas seriam más e desaconselhadoras de tão anómala decisão. Esta parece ter sido escolhida para realçar o quanto se pretende machucar a família e desestabilizar a única verdadeira base de uma sociedade", referiu.

O responsável pela Diocese de Viseu esclareceu ainda que, com esta posição, não pretende fazer juízos de valor de quem tem outra opção ou orientação de vida e de práticas.

"Respeito cada pessoa na sua integridade e na autenticidade da sua consciência. Não aceito, porém, que formas diversas de opção e orientação alterem, confundam, contradigam e assumam estatutos e institutos que nada dizem nem podem dizer a novas, diversas e distintas concepções de vida", concluiu.


Bispo de Setúbal
D. Manuel Martins considera que a proposta do Governo não passa de uma manobra de diversão para esconder os problemas do país.

"Uma proposta consciente e premeditada que representa mais um pontapé nos valores da Igreja católica", afirma.

Arcebispo de Braga
São críticas que se juntam às do arcebispo de Braga que insiste na realização de um referendo.

Uma petição com mais de 75 mil assinaturas deve ser entregue na semana quem vem no Parlamento.

Petição com 75 mil assinaturas com vista a referendo
A iniciativa obriga os deputados a discutir a proposta.

A acontecer, significa que o processo legislativo vai ter de ser suspenso até à discussão sobre a realização ou não do referendo.

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