Barack Obama afirmou hoje que o sistema bancário norte-americano recebeu ajudas “extraordinárias” do Estado e que agora, que a banca já começa a registar lucros e a economia a recuperar, é hora de retribuir. Por isso os bancos têm agora a obrigação de “ajudar”.
O presidente dos EUA reuniu hoje com os presidentes executivos das 12 maiores instituições financeiras norte-americanas. Obama afirmou, em conferência de imprensa, que lhes pediu para irem a Washington para “discutir onde estivemos, o que esperamos deles daqui para a frente, e como podemos trabalhar para acelerar a recuperação económica”, pode ler-se no discurso publicado no “site” oficial da Casa da Branca.
“Hoje, devido aos empréstimos dos americanos, o nosso sistema financeiro estabilizou, o mercado bolsista regressou à vida, a nossa economia está a crescer, e os nossos bancos voltaram a registar lucros”, salientou Barack Obama, que acrescentou que “há um ano, muitos duvidavam que conseguíssemos recuperar estes investimentos”.
Obama recordou que o Citigroup juntou-se hoje a outras instituições financeiras ao anunciar que vai pagar os empréstimos concedidos pela Administração para evitarem a falência, aumentando para 60% a percentagem de dinheiro já recuperado das ajudadas dadas à banca. E “com juros”, salientou.
“Por isso, a minha principal mensagem na reunião de hoje foi muito simples: os bancos americanos receberam uma assistência extraordinária dos contribuintes americanos para reconstruírem a sua indústria”, e agora que recuperaram “esperamos um compromisso extraordinário deles para ajudarem a reconstruir a nossa economia”, adiantou.
E “isso começa com encontrar formas de ajudar pequenas e médias empresas a conseguir empréstimos de que precisam para abrir as suas portas, crescer as suas operações, e criar novos postos de trabalho”, sublinhou, acrescentando que uma das queixas dos empresários é precisamente, “apesar dos melhores esforços, não conseguirem conseguir empréstimos”.
Obama salientou esperar que “eles [bancos] explorem todas as formas responsáveis para ajudar a nossa economia a mexer outra vez”.
Fonte: Jornal de Negócios
Sem comentários:
Enviar um comentário