As acções da Cimpor registaram hoje a queda mais acentuada desde que a CSN lançou a OPA sobre a cimenteira. A queda surge no dia posterior à proposta de fusão da Camargo Corrêa, uma vez que os analistas consideram que a ofensiva veio reduzir a probabilidade de sucesso da oferta da CSN.
As acções da Cimpor caíram 1,12% para 6,359 euros, a descida mais acentuada desde 9 de Dezembro, dia em que os títulos cederam 2,5%. Desde essa altura até ao lançamento da OPA da CSN, a 18 de Dezembro, as acções da cimenteira evoluíram sempre em sentido positivo.
Apesar da queda de hoje, a Cimpor continua a negociar bem acima do preço da OPA da CSN (10,5%), embora o mercado esteja agora menos crente numa forte revisão em alta do preço da oferta por parte da companhia brasileira.
Segundo o Banif, a Camargo Corrêa tem grandes hipóteses de ser bem sucedida na sua proposta de entrada no capital da Cimpor e não será muito provável que a CSN faça uma revisão do preço oferecido na sua OPA. "Se isso acontecer, não esperamos uma revisão muito agressiva", diz a nota de “research” da casa de investimento.
A opinião dos analistas brasileiros vai no mesmo sentido, concluindo que a proposta da Camargo tem maiores possibilidades face à OPA da CSN e que esta empresa brasileira não tem muito espaço para rever em alta o preço da oferta.
"É difícil falar, mas acredito que a Camargo Corrêa deve vencer a disputa, porque em termos de sinergias a fusão com a Camargo Corrêa é mais interessante, porque eles já trabalham com cimento", disse à Reuters uma analista.
Fonte: Jornal de Negócios
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