Uma criança indiana, com 11 anos, terá cometido suicídio depois de ter sido proibida pelos pais de participar em concursos de televisão.
Neha Sawant participava com frequência em concursos de novos talentos na televisão indiana, mas o tempo gasto a ensaiar as actuações desviava-lhe a atenção dos estudos, pelo que o pai a proibiu, há alguns meses, de continuar a carreira artística.
No último sábado, a história teve um fim trágico com a descoberta de Neha enforcada em casa. Um inspector sénior da polícia de Manpada, localidade da região de Bombaim, afirma que só pode ter sido suicídio, visto que a porta da divisão da casa onde a criança foi descoberta se encontrava trancada por dentro.
O cadáver foi descoberto pela irmã mais nova, que conseguiu abrir a porta da sala de sua casa com a ajuda dos vizinhos, visto que os pais estavam a trabalhar.
Apesar de não existirem certezas absolutas sobre a motivação do acto, a morte de Neha Swant está a despertar um aceso debate no país no que respeita à utilização de crianças no meio artístico.
A Comissão Nacional para a Protecção dos Direitos das Crianças reforçou a ideia de que seria benéfico existir a imposição de um limite de idade para que não seja permitida a entrada de crianças muito jovens em programas televisivos.
O pai de Neha Sawant afirma que o suicídio da filha não tem relação com a proibição de actuar. “Penso esta decisão terrível não tem relação com o deixar de dançar, porque há muito que lhe falei da decisão e ela aceitou”, lamentou o pai da criança ao jornal espanhol “El Mundo”.
A menina era a estrela do bairro, onde actuava para os vizinhos. O seu professor de dança refere-se a Neha com uma dançarina “extremamente dotada” e afirma que tentou convencer os pais a deixá-la dançar, oferecendo-se mesmo para a ajudar nos estudos. O pedido foi negado pelos progenitores da criança.
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