A selecção do Togo, que sexta-feira foi alvo de um ataque terrorista por parte da FLEC, decidiu abandonar o torneiro da Taça das Nações Africanas, de acordo com a BBC, que avança que jogadores e equipa técnica já estão a caminho do aeroporto de Luanda, em Angola, para regressar a casa.
O objectivo é convencer as restantes três equipas (Costa do Marfim, Gana e Burkina Faso) a fazer o mesmo e boicotar o CAN2010, que deveria começar este domingo naquele país africano e, para o colectivo, corre sérios riscos de segurança.
O capitão de equipa, Emmanuel Adebayor, já tinha admitido que a selecção poderia abandonar o torneio, depois de o autocarro em que seguiam os jogadores ter sido atacado a tiro em Cabinda, provocando a morte imediata do motorista e, já na manhã deste sábado, do treinador-adjunto e de um jornalista que seguia na comitiva, devido aos ferimentos graves.
O governo angolano condenou a operação militar do braço armado da FLEC na sexta-feira, considerando-a um «ataque terrorista», e garantiu a realização da prova. O comunicado oficial foi lido na Televisão Pública de Angola pelo ministro da Comunicação Social, Manuel Rabelais.
O texto do governo de Luanda adianta ainda que os elementos da FLEC que protagonizaram o ataque junto à fronteira da República do Congo e a província angolana de Cabinda deslocaram-se desde o país vizinho para território angolano e regressaram após a operação.
As Forças de Libertação do Estado de Cabinda/Posição Militar (FLEC/PM) reivindicaram o ataque à escolta militar da comitiva da selecção de futebol do Togo na região de Massabi, naquela província angolana disputada pelo movimento separatista.
«A resistência das FLEC/PM realizou um ataque no sector de Massabi contra as Forças Armadas Angolanas, que escoltavam a selecção nacional do Togo», diz um comunicado, assinado por Rodrigues Mingas, secretário-geral da organização, «em representação do Estado maior operacional das FLEC/PM».
Fonte: DD
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