terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Família descobre morte de filho através do Facebook

Os pais de um jovem australiano, de 17 anos, descobriram que o seu filho tinha morrido num acidente de viação depois de lerem mensagens de condolências no Facebook.

Ao acederem ao Facebook, as gémeas Angela e Maryanne Vourlis souberam que o seu irmão mais novo, Bobby Vourlis, tinha morrido num acidente de automóvel em Sidney devido a mensagens de condolências enviadas por amigos para a sua página pessoal, avança a BBC Brasil.

As gémeas avisaram imediatamente a mãe que só recebeu da polícia a confirmação da morte do filho seis horas após a ocorrência.

Segundo a BBC Brasil, a polícia justificou o atraso na comunicação à família devido à dificuldade em confirmar a identidade do adolescente.

Bobby Vourlis foi um dos três adolescentes que morreram no acidente quando o carro em que circulavam se despistou devido à chuva e embateu num poste. O adolescente teve morte imediata. O condutor, de 19 anos, e uma das três passageiras que viajavam no banco traseiro acabaram por falecer no hospital. As outras duas raparigas, ambas de 15 anos, escaparam ilesas do acidente, informa o mesmo site.

Segundo a BBC Brasil, a página "R.I.P. Bobby Vourlis", foi criada no Facebook para que amigos e conhecidos do jovem pudessem entrar em contacto após o acidente. Depois de tomarem conhecimento da notícia na referida página, milhares de pessoas acabaram por enviar mensagens de condolências e de apoio à família para a página pessoal do jovem.

Segundo o professor de cultura e media David Ritchie, da Universidade de Deakin, na Austrália, este caso é um exemplo das alterações comportamentais que se estão a operar na sociedade devido às novas tecnologias. Actualmente, segundo o especialista, "verifica-se uma grande mudança na forma de enviar mensagens de condolências", com as pessoas a utilizar cada vez mais a Internet em vez de se deslocarem a casa das famílias ou mesmo aos funerais, adianta a BBC Brasil.

Para este professor, "as pessoas sentem cada vez mais a necessidade de expressar sua dor e comoção em massa" e o Facebook é uma dos meios preferencialmente escolhidos.

Fonte: Diário de Notícias

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