segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bancários do BCP em luta por fatia dos lucros

Foi no sentido de "sensibilizar os accionistas do BCP", hoje, segunda-feira, em Assembleia Geral, que cerca de 300 dirigentes sindicais do Norte, do Centro e do Sul e Ilhas se concentraram à porta da Alfândega do Porto para pedir a "revogação da decisão do não pagamento da remuneração variável e da não contribuição para o Plano Complementar de Reforma".

Apesar do crescimento dos lucros do BCP, em 2009, em cerca de 12%, para 225 milhões de euros, os trabalhadores souberam, na semana passada, que não vão receber o habitual prémio - de valor variável de acordo com diferentes objectivos, entre um a três ordenados.

"Faz muita diferença, porque as tabelas salariais são muito baixas e os trabalhadores já contam com este complemento para viver", explicou Viriato Baptista, vice-presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas.

Em altura de impasse, também, na negociação dos aumentos salariais para este ano, aquela distribuição de lucros entre os funcionários do BCP era também um extra que permitia aos trabalhadores "fechar os olhos ao repetido desrespeito pelas leis do trabalho, nomeadamente em matéria de cumprimento dos horários de trabalho e consequente pagamento de horas suplementares", tal como os bancários explicaram no comunicado distribuído aos accionistas, à entrada na assembleia.

"Este prémio não é um direito, mas não é nada quando comparado com os bónus escandalosos pagos aos gestores e a própria Administração do BCP admitiu que os resultados de 2009 só foram possíveis graças ao esforço dos trabalhadores", apontou Mário Mourão, presidente do Sindicato dos Bancários do Norte.

"Não deixaremos cair este assunto na mesa das negociações", garantiu a mesma fonte, também secretário-geral da FEBASE - Federação do Sector Financeiro que une os sindicatos do sector, nomeadamente na adopção das formas de luta. "Não está descartada a greve como forma de luta, não só por este motivo, mas também porque começámos por propôr aumentos de 3%, a banca respondeu com 0,5%, aceitámos descer até 1,4% e eles não vão acima de 0,7%", alertou Mário Mourão.



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