sexta-feira, 23 de abril de 2010

Gripe A: Quem viaja para o Brasil deve estar vacinado

A subdiretora geral da Saúde, Graça Freitas, apelou hoje à vacinação contra a Gripe A H1N1 das pessoas que planeiem viajar para o hemisfério Sul, nomeadamente o Brasil, onde nesta altura começa a surgir a «segunda onda» da epidemia.

«Aconselhamos vivamente a vacinação de pessoas que vão viajar para o hemisfério sul, onde está a começar a segunda onda da epidemia, nomeadamente o Brasil», disse, aos jornalistas, após abordar «A Problemática das Doenças Infecciosas na Atualidade», nas II Jornadas de Enfermagem Médico-Cirúrgicas, em Coimbra.

Graça Freitas, que participou no encontro em substituição do diretor geral da Saúde, Francisco George, disse que a campanha de vacinação está «numa fase estacionária», mas «será retomada no outono».

«Até ao momento recebemos dois milhões de doses para o país e no outono/inverno vacinámos 700 mil pessoas. Gostava que a taxa (de vacinação) fosse mais elevada, mas na primavera não há a tendência de as pessoas se vacinarem contra a gripe», explicou.

A responsável disse ter «expetativas muito positivas» de que, «agora que passou muito do alarme contra a vacina, em setembro as pessoas percebam que vão ter vantagens em vacinar-se».

Graça Freitas manifestou-se desapontada com a taxa de vacinação dos profissionais de saúde, que considerou servir de modelo para o resto da população.

Os «dados provisórios» apontam para uma taxa de vacinação de «30 a 40 por cento nos médicos e menos de 20 por cento nos enfermeiros», disse a responsável, convicta de que a avaliação final, que será disponibilizada dentro de duas semanas, aponte para uma cobertura superior.

Confrontada pelos jornalistas sobre a taxa de vacinação entre os enfermeiros, Graça Freitas disse «acreditar piamente que foi superior, porque os serviços fizeram tudo para, localmente, aumentar a cobertura da vacinação».

«Vamos fazer uma avaliação final e estou certa de que [a taxa de vacinação] se aproximará dos 50 por cento, o que já é bom, atendendo a que nem todos os profissionais de saúde têm indicação para serem vacinados», disse.

A subdiretora geral da Saúde sustentou que, «se há prova de que a vacina contra a Gripe A, de facto, não tinha reações adversas superiores à da gripe sazonal é que aos milhões de pessoas que se vacinaram não lhes aconteceu nada», incluindo ela própria.

«Temos de aprender com isto», disse, referindo-se aos profissionais de saúde, ao lamentar que alguns se tenham manifestado contra a vacinação «sem evidências científicas».


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DD

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