Um apoio financeiro a Portugal para este ano, similar ao planeado para a Grécia, custaria 13 mil milhões de euros, de acordo com a análise do economista-chefe da Shroders, Keith Wade.
Na análise divulgada esta sexta-feira, Keith Wade diz que a Shroders «não espera que Portugal (ou Espanha, Irlanda ou Itália) seja sujeito à mesma pressão que a Grécia».
«No entanto, caso os vigilantes dos mercados virem a sua atenção para Portugal, nós esperamos que um plano de resgate similar venha a ser delineado rapidamente», acrescenta.
De acordo com as contas da Shroders, um apoio financeiro ao de Portugal deveria custar «cerca de 13 mil milhões de euros para este ano», uma quantia que consideram que seria «perfeitamente aceitável». E estão longe do valor que, numa primeira fase, a Grécia irá precisar: 45 mil milhões de euros.
As mesmas contas, mas para o caso de Espanha, já geram maior preocupação à casa de investimento.
«Nós estaríamos mais preocupados se Espanha precisa-se de apoio financeiro. O custo de resgatar a Espanha calculado apenas para este ano rondaria os 55 mil milhões de euros», afirma a análise.
Keith Wade aponta ainda risco de contágio que poderá partir dos bancos gregos para o resto das instituições financeiras europeias, e eventualmente para o sistema bancário mundial.
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