terça-feira, 18 de maio de 2010

Alemanha proíbe "naked short selling" a partir da meia-noite

Especulação nos mercados

A autoridade reguladora alemã dos serviços financeiros, a BaFin, vai proibir a prática de "naked short selling" a partir da meia-noite, avança a Deutsche Press-Agentur.

A agência noticiosa cita declarações do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schaeuble, que esteve reunido com legisladores hoje em Berlim.

A BaFin vai banir o “naked short selling” (venda de acções sem ser preciso tê-las em carteira) sobre acções e Obrigações do Tesouro da Zona Euro, segundo a mesma fonte.

A Reuters, por seu turno, citando fontes que não quiseram ser identificadas, informa que esta proibição incidirá sobre apenas sobre algumas acções e OT da Zona Euro.

"A proibição do 'naked short selling' será efectiva a partir da meia-noite", disse ao "The Wall Street Journal" Norbert Barthle, porta-voz do departamento do orçamento do CDU, o partido no poder. O mesmo responsável adiantou que a chanceler alemã, Angela Merkel, vai comunicar amanhã de manhã esta decisão à câmara baixa do Parlamento.

Recorde-se que o Conselho de Estabilidade Financeira, grupo constituído pelo G-20 para monitorizar as tendências financeiras globais, tem estado a analisar aprofundadamente o papel dos “naked sovereign CSD” (ou seja, a compra de um seguro para garantir uma dívida soberana que não se possui; compra de CDS sem ter o colateral) na liquidez do mercado e nos “spreads” das Obrigações do Tesouro.

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, têm vindo a defender a diminuição da especulação com os CDS soberanos, que muitos dizem ter exacerbado a crise orçamental da Grécia.

Em meados de 2008, a entidade reguladora do mercado de capitais dos EUA, a Securities and Exchange Commission (SEC), decidiu limitar a capacidade dos operadores de apostarem na queda das acções de algumas das maiores entidades financeiras do país, como a Fannie Mae e a Freddie Mac.

Nessa altura, a SEC emitiu uma ordem impondo uma “exigência” sobre as vendas curtas em companhias de financiamento hipotecário e empresas de Wall Street. Essa exigência proibia a prática conhecida como “naked short selling”, através da qual os operadores evitam o encargo financeiro de comprarem títulos quando apostam que eles vão cair.


A informação/notícia pode ser consultada neste link

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