quinta-feira, 20 de maio de 2010

Intelig quer ampliar parceria com as elétricas para ganhar mercado

Após o acordo com a AES, o que lhe permitiu lançar em São Paulo o serviço de banda larga e voz, a Intelig firmou uma parceria com a Copel e está em negociação com outras empresas de energia elétrica, com o objetivo de ampliar seu backbone de fibras ópticas por meio da rede das elétricas. A operadora, adquirida no ano passado pela TIM, tem hoje um backbone com menos de 15 mil quilômetros. "Nos próximos dois anos queremos aumentar em 30% a capacidade de nosso backbone nacional", disse hoje o presidente da Intelig, Antonino Ruggiero, em sua primeira entrevista coletiva desde que assumiu o comando da empresa. Nos planos de compartilhamento de infraestrutura, ele não descarta um acordo com a Telebrás, a estatal que vai operar a rede do Plano Nacional de Banda Larga recém anunciado pelo governo. "O grupo TIM é favorável ao PNBL e está aberto para uma parceria com o governo", destacou.

O acordo com a AES, no modelo de revenue share (divisão de receitas), possibilitou a Intelig entrar no mercado residencial em São Paulo, com uma oferta combinada de serviços de voz e banda larga. A tecnologia adotada -- Broadband Over Powerline Indoor -- usa a rede elétrica para a transmissão de dedos e está em teste até junho, quando o piloto será avaliado pela operadora e, se bem sucedido, a oferta será expandida para outras regiões. O serviço local, no entanto, não é o foco imediato da Intelig, tanto que a empresa considera como serviços convergentes voz fixa e móvel e dados. "Serviço de vídeo, como TV paga, é muito específico e não está no nosso foco", comentou o presidente da Intelig, cujos planos para este ano são voltados para os mercados corporativo e atacado. "Esperamos um crescimento grande no atacado e queremos ser o campeão no segmento corporativo", afirmou Ruggiero. O serviço local entrará no foco de atuação da companhia no próximo ano, informou.

Segundo ele, após o lançamento da campanha que anunciou a volta da Intelig ao mercado de longa distância, a empresa conseguiu triplicar o tráfego e conquistou clientes como Embraer e Pão de Açúcar. A campanha, que está sendo veiculada há duas semanas em todo o território nacional, tem como slogan "Intelig agora é TIM".

Código de seleção

Embora a oferta para os clientes inclua serviços convergentes (móvel, fixo e dados), Intelig e TIM manterão, por enquanto, os dois códigos de seleção de prestadora, o 23 e o 41, respectivamente. "Temos 18 meses para usar os dois códigos e queremos aproveitar esse período, pois são duas marcas fortes. Depois vamos avaliar qual a melhor opção", disse Ruggiero. A empresa não pretende reivindicar a manutenção dos dois números à Anatel, a exemplo do que fez a Oi após a aquisição da Brasil Telecom.

A expectativa do grupo é que a a Intelig contribua com dois pontos percentuais de margem Ebitda após 18 meses de integração, a contar do início deste ano. A meta é até 2012 triplicar a receita da Intelig que faturou, em 2009, R$ 650 milhões.


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