Os principais índices norte-americanos fecharam em queda, com os investidores a reflectirem os receios de que a crise de dívida na Europa contamine o crescimento económico. Nem os indicadores divulgados nos EUA conseguiram anular este sentimento.
O Dow Jones recuou 0,55% para 10.866,83 pontos, o Nasdaq caiu 0,91% para 2.402,29 pontos e o S&P500 perdeu 0,66% para 1.165,88 pontos.
A crise de dívida na Grécia parece longe do seu fim, mesmo depois dos ministros das Finanças da Zona Euro terem aprovado o pacote de 110 mil milhões de euros de ajudas financeiras. Os receios dos investidores em relação a uma contaminação a outros países, como Portugal ou Espanha, tem sido mais forte. E ainda hoje, a agência de notação financeira a Moody’s colocou a dívida da República portuguesa sob revisão, alertando para um possível corte, em dois níveis.
Este contexto de incerteza e de especulação tem levado as bolsas europeias a deslizar e os juros da dívida de alguns países europeus a disparar. Um cenário que tem minado a confiança dos investidores e que tem tido impacto do outro lado do Atlântico.
A travar maiores quedas, mas sem conseguir sobrepor-se aos “maus ventos” europeus, esteve um indicador económico que sugere que os EUA estão a recuperar.
A actividade no sector dos serviços nos Estados Unidos cresceu em Abril ao mesmo ritmo que no mês anterior, o que aponta para a estabilização da retoma económica. O indicador de actividade, calculado pelo ISM, manteve-se nos 55,4 pontos, nível mais elevado desde Maio de 2006. Os analistas consultados pela Bloomberg, previam que o índice atingisse os 56 pontos.
As acções do Goldman Sachs desceu 0,84% para 148,19 dólares, no dia em que a agência de notação financeira Fitch reviu em baixa o “outlook” para a dívida do banco de "estável" para "negativo", tendo mantido o "rating" da dívida em ‘A+/F1+’. A agência justifica o corte do “outlook” com os recentes desenvolvimentos a nível jurídico [a entidade reguladora do mercado de capitais dos EUA, a SEC, intentou no final de Abril um processo contra o banco, acusando-o de defraudar os investidores] e com os constantes desafios regulatórios [a reforma proposta por Obama para o sistema financeiro], “o que poder ter um impacto adverso na reputação do Goldman e na sua capacidade de gerar receitas”.
O Citirgoup cedeu 1,88% para 4,18 dólares, um sentimento partilhado pela General Electric perdeu 2,58% para 18,10 dólares, e pela Boeing, que desceu 2,46% para 71,00 dólares.
No sector tecnológico, a Apple caiu 1,04% para 255,985 dólares, a Ebay desceu 1,82% para 22,66 dólares e a Microsoft recuou 0,93% para 29,85 dólares.
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