"É absolutamente falso". Assim desmentiu, ontem, sábado, a Associação Humanitária e Beneficente do Bombeiros Voluntários de Braga o envolvimento de bombeiros no alegado caso de abuso sexual de um rapaz deficiente, com 14 anos, nas suas instalações.
Aqueles bombeiros voluntários de Braga dizem estar indignados com a notícia avançada, anteontem, por um jornal local, de um alegado envolvimento de um motorista da Câmara e de dois bombeiros no caso de abuso sexual de um rapaz, com 14 anos e portador de deficiência.
Para reagir à notícia, a Direcção da AHBBVB juntou ontem o seu corpo activo e convocou os jornalistas. “É absolutamente falso que os factos descritos na notícia tenham tido por palco as instalações desta Associação Humanitária”, afirmou um elemento da Direcção. João Magalhães acrescentou, ainda, que “também é falso que estejam envolvidos elementos desta Associação”.
O próprio presidente da centenária associação disse que “querem manchar o nome dos bombeiros” e exige a reposição da verdade por parte do referido jornal local. “Ninguém desse jornal contactou os bombeiros para falar sobre o assunto”, explica António Machado, cujo teor diz só ter sabido no dia da publicação da notícia.
António Machado refere, ainda, que “a carrinha de transporte de deficientes da autarquia nunca parou em frente ao quartel”, e esclarece que a viatura da Câmara de Braga pára sim, mas noutro local.
“Aqui não foi. Essa viatura é guardada no parque dos bombeiros municipais e é um funcionário da Câmara que a conduz. É bom isto que fique claro. Olhando aos indícios e às provas percebe-se perfeitamente o enquadramento da questão. Esta situação passou-se noutro lado”, destaca João Magalhães da direcção da Associação Humanitária dos BVB.
O JN tentou ontem contactar, por várias vezes, a Câmara de Braga para obter a confirmação do alegado parqueamento da viatura no quartel do Sapadores de Braga, mas não obteve qualquer resposta.
Algumas denúncias confirmam que o alegado abusador sexual da criança menor, motorista da autarquia de Braga, prestava serviços na Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Braga (APPACDM).
O caso, tal como ontem noticiamos, foi entregue ao Ministério Público.
Fonte: JN
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