quinta-feira, 22 de julho de 2010

"A melhor forma de evitar uma OPA à PT é deixar ir a Vivo"

Ricardo Salgado diz que é altura de "esquecer a Telefónica e reinvestir no Brasil".

O presidente do Banco Espírito Santo afirmou hoje que "a melhor forma de evitar uma OPA à PT é deixar ir a Vivo".

"O que os accionistas pretendem é que a PT possa reinvestir no Brasil, um mercado onde temos muitas afinidades", afirmou Ricardo Salgado no Hora H, organizado pelo Negócios.

Lembrou que "o presidente Lula dizer que quer ver a PT no Brasil é muito importante”, pelo que “temos que aproveitar isso para reinvestir no Brasil" "Temos que esquecer a Telefónica e reinvestir no Brasil", reforçou, acrescentando que "a PT tem condições, com o encaixe que fizer [com a venda da Vivo], de voltar a ser uma grande empresa no Brasil em parceria com Brasileiros. Com a Telefónica não é mais possível".

“Queremos continuar na PT”

Ricardo Salgado disse ainda que "não disse que íamos sair da PT. Não será com agrado que vamos sair da PT, se o tivermos de um fazer. Temos que aguardar pelas regras de Basileia 3".

“Não esperamos sair da PT nem queremos sair da PT. Nem vamos, em qualquer atitude oportunista, fazer mais-valias e sair da PT", reforçou. Lembrou que o "BES está na PT desde a privatização do banco, em 1992, e desde então tem apoiado muito a PT". Por isso, "se houver uma OPA à PT, nós queremos continuar na PT".

"Espero que já toda a gente tenha claro na sua mente que a parceria entre a PT e a Telefónica na Vivo tem que acabar. A Telefónica retirou a proposta e diz que vai para os tribunais. A telefónica acabou com a parceria com a PT", considerou "Gostaria muito de ver que as renegociações voltassem entre a administração da PT e da Telefónica", uma vez que “ir para Tribunal é um disparate. Vai demorar muito tempo.

Nem a Telefónica consegue fazer a consolidação que quer no Brasil"
"É preciso voltar à mesa das negociações. Há matéria para desbravar e para resultar num acordo que seja bom para s dois. Para a Telefónica e para a PT, para a Espanha e Portugal", adiantou.


Fonte: Jornal de Negócios

Sem comentários:

Enviar um comentário