terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bancos dos EUA registam maior lucro trimestral em quase três anos

Nem o facto de a lista de bancos “problemáticos” ter aumentado impediu o sector bancário norte-americano de apresentar lucros no valor de 21,6 mil milhões de dólares.

Nem o facto de a lista de bancos “problemáticos” ter aumentado impediu o sector bancário norte-americano de apresentar lucros no valor de 21,6 mil milhões de dólares (17 mil milhões de euros) – o valor mais alto em quase três anos.

O “Federal Deposit Insurence Corp.” (FDIC) revelou hoje o seu relatório trimestral sobre o desempenho do sector bancário norte-americano. Segundo o mesmo, os bancos nos EUA tiveram lucros no trimestre até Junho de 21,6 mil milhões de dólares (17 mil milhões de euros). No primeiro trimestre o sector bancário tinha apresentado lucros no valor de 18 mil milhões de dólares (14,2 mil milhões de euros).

“A recuperação económica que se iniciou no ano passado está a começar a reflectir-se na subida de proveitos dos bancos e na melhoria de qualidade do crédito”, referiu a presidente do FDIC, Sheila Bair, em declarações recolhidas pela Bloomberg. “Os proveitos continuam baixos, se comparados com dados históricos, e o número de instituções que não são lucrativas, bvancos ‘problemáticos’ e falências permanece alto”, concluiu Bair.

O aumento dos lucros deveu-se sobretudo ao desempenho dos grandes bancos que apresentaram melhores resultados, uma vez que a lista do FDIC de bancos “problemáticos” aumentou, atingindo o valor mais elevado desde 1992, segundo revelou o instituto.

Entre o primeiro e segundo trimestre, a lista de bancos “problemáticos” subiu de 775 para 829 membros, numa subida de 7%, revelou o insitutot presidido por Bair. Os 829 bancos que agora integram a lista representam 403 mil milhões de dólares em activos. O número de bancos encerrados pelos reguladores também está a aumentar, já tendo sido encerrados, este ano, 118 instituições bancárias, contra um total de 140, no ano passado.

Não obstante os lucros apresentados, os empréstimos do sector baixaram em 1,4%, naquilo em que continua a ser um efeito da maior crise financeira desde a Grande Depressão. Os ganhos provenientes de empréstimos e “leasings” desceram 95,7 mil milhões de dólares (75,3 mil milhões de euros), como resultado do aumento do rigor dos bancos na altura de emprestar dinheiro e da diminuição dos gastos das famílias.

O défice no fundo de seguros do sector desceu de 20,7 mil milhões de dólares (16,3 mil milhões de euros) para 15,2 mil milhões de dólares (12 mil milhões de euros). Desde o quarto trimestre de 2009 – altura em que atingiu o valor máximo – que o défice vem sendo diminuído.


In' Jornal de Negócios

Sem comentários:

Enviar um comentário