sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Bovespa fecha em alta de 2,7%, mas acumula queda de 1,6% na semana

Os mercados tiveram um momento de alívio nas más notícias na jornada desta sexta-feira, e após vários dias de perdas consecutivas, investidores caçaram ações a preços atrativos. Os papéis de Vale e Petrobras, os mais negociados da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), subiram acima de 3% e puxaram o índice de volta aos 65 mil pontos. Nos EUA, o PIB (Produto Interno Bruto) teve um desempenho um pouco melhor do o que previsto; e o presidente do banco central americano, Ben Bernanke, sinalizou que pode tomar novas medidas para evitar que a economia de seu país deteriore.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas da Bolsa, subiu 2,69% no fechamento, batendo os 65.585 pontos. O giro financeiro foi de R$5,25 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, avançou 1,65%.

A ação preferencial da Vale, que movimentou R$ 515 milhões em negócios, teve ganho de 3,07%; a ação de mesmo tipo da Petrobras foi alvo de 389 milhões em operações, valorizando 3,34%.

Leandro Martins, da corretora Walpires, relativiza o impacto de Bernanke nos negócios de hoje. "Acho que às vezes se dá uma importância exagerada para notícias como essa. O mercado subiu porque os ações ficaram a preços atrativos, e os investidores voltaram a ter disposição para comprar. O Bernanke somente fez o papel dele", comenta o analista. "Na semana que vem, acho que podemos ter mais alguns dias de alta, pelo menos na segunda e na terça-feira, por causa do final de mês, quando gestores de fundos tendem mesmo a comprar mais, como é habitual em toda a parte do mundo", acrescenta.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,753, em um declínio de 0,5%. A taxa de risco-país marca 214 pontos, número 3,6% abaixo da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o governo americano divulgou que a economia do país cresceu 1,6% no segundo trimestre deste ano, ante um aumento de 3,7% estimado para o primeiro trimestre. A estimativa publicada hoje ficou abaixo da projeção anunciada um mês antes, quando os cálculos apontavam um crescimento de 2,4%. A cifra de hoje, no entanto, ainda ficou acima das projeções do mercado (1,4%).

O presidente do banco central americano (o Federal Reserve), Ben Bernanke, afirmou hoje que a autoridade monetária deve tomar novas medidas caso as condições da economia piorem, de modo a evitar que o país caia numa deflação. Em economia, a deflação é definida como uma queda prolongada e ampla de salários e preços de bens e serviços, assim como de ações, imóveis e outros ativos. O último episódio sério de deflação nos EUA ocorreu nos anos 30.

Sondagem da Universidade de Michigan apontou que uma melhora no nível de confiança dos consumidores dos EUA na economia do seu país, entre os meses de julho e agosto. O índice -- Michigan Sentiment -- divulgado pelo instituto da universidade nesta sexta-feira, teve leitura de 68,9, ante 67,8 em julho.

Ainda no front externo, o governo britânico informou que a economia do Reino Unido cresceu 1,2% no segundo trimestre, ante uma estimativa anterior de 1,1%. Trata-se da maior taxa de crescimento desde o primeiro trimestre de 2001 e veio acima das expectativas de economistas do setor financeiro.


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