Os técnicos da instituição consideram que as autoridades brasileiras tomaram as medidas acertadas para enfrentar a crise e o resultado está à vista: o país crescerá mais de 7% neste ano. Mas há sempre "mas": inflação e dívida pública têm de ser controladas.
"O Brasil recuperou da crise global mais cedo e mais rápido do que a maioria das outras economias e já registou um ano completo de forte crescimento", sublinha o Fundo Monetário Internacional (FMI), no âmbito da análise regular que, ao abrigo do artigo IV dos seus estatutos, realiza às economias dos seus países-membros.
O FMI congratula-se com o "desempenho notável" da economia brasileira ao longo dos últimos doze meses – em que acumula um crescimento de 8,9% – e que diz reflectir um consumo privado "resistente" e uma procura de exportações de matérias-primas "mais forte do que se esperava", mas também uma "forte progressão no investimento", sobretudo externo, "com os investidores estrangeiros a procurarem beneficiar do potencial de crescimento e das taxas de juro relativamente elevadas" oferecidas pelo país.
A instituição aplaude o Governo de Lula da Silva (na foto) por estar a agir com "responsabilidade orçamental" e o Banco Central por não ter cedido à tentação de desvalorizar o real, mantendo "flexibilidade na taxa de câmbio" e simultaneamente um "objectivo de inflação credível".
O documento de análise da economia brasileira mantém inalteradas as previsões de crescimento do PIB, que haviam sido revistas em alta em Julho, com o FMI a prever uma expansão de 7,1% neste ano, seguida de uma desaceleração para 4,2% em 2011, o que representa uma revisão em alta de 1,6 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, face às anteriores previsões divulgadas em Abril.
O Fundo adverte, porém, que alcançar o pleno potencial do Brasil vai requerer uma "implementação vigorosa de reformas estruturais com objectivos claros, para melhorar a produtividade e a competitividade, acompanhada de medidas para aumentar a poupança doméstica, incluindo reformas nos gastos públicos e dos sistemas de segurança social e pensionista".
As pressões inflacionistas, sublinha, devem ser cuidadosamente acompanhadas e combatidas, devendo ainda o Governo "continuar com os esforços para reduzir despesas" e restringir os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
Entre as 27 economias classificadas de emergentes pelo FMI, o Brasil é a terceira no "ranking" da dívida pública que deverá atingir o equivalente a 67,2% do PIB em 2010. O agravamento decorre essencialmente da capitalização do BNDES ocorrida entre 2008 e 2009 para ajudar o país a enfrentar a crise económica.
In' Jornal de Negócios
O FMI congratula-se com o "desempenho notável" da economia brasileira ao longo dos últimos doze meses – em que acumula um crescimento de 8,9% – e que diz reflectir um consumo privado "resistente" e uma procura de exportações de matérias-primas "mais forte do que se esperava", mas também uma "forte progressão no investimento", sobretudo externo, "com os investidores estrangeiros a procurarem beneficiar do potencial de crescimento e das taxas de juro relativamente elevadas" oferecidas pelo país.
A instituição aplaude o Governo de Lula da Silva (na foto) por estar a agir com "responsabilidade orçamental" e o Banco Central por não ter cedido à tentação de desvalorizar o real, mantendo "flexibilidade na taxa de câmbio" e simultaneamente um "objectivo de inflação credível".
O documento de análise da economia brasileira mantém inalteradas as previsões de crescimento do PIB, que haviam sido revistas em alta em Julho, com o FMI a prever uma expansão de 7,1% neste ano, seguida de uma desaceleração para 4,2% em 2011, o que representa uma revisão em alta de 1,6 e 0,1 pontos percentuais, respectivamente, face às anteriores previsões divulgadas em Abril.
O Fundo adverte, porém, que alcançar o pleno potencial do Brasil vai requerer uma "implementação vigorosa de reformas estruturais com objectivos claros, para melhorar a produtividade e a competitividade, acompanhada de medidas para aumentar a poupança doméstica, incluindo reformas nos gastos públicos e dos sistemas de segurança social e pensionista".
As pressões inflacionistas, sublinha, devem ser cuidadosamente acompanhadas e combatidas, devendo ainda o Governo "continuar com os esforços para reduzir despesas" e restringir os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
Entre as 27 economias classificadas de emergentes pelo FMI, o Brasil é a terceira no "ranking" da dívida pública que deverá atingir o equivalente a 67,2% do PIB em 2010. O agravamento decorre essencialmente da capitalização do BNDES ocorrida entre 2008 e 2009 para ajudar o país a enfrentar a crise económica.
In' Jornal de Negócios
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