Sakineh Mohammadi Ashtiani, ameaçada de execução no Irão por adultério e cumplicidade no assassínio do marido, foi condenada a mais 99 chicotadas devido a uma foto publicada num diário britânico.
O jornalista franco-iraniano Armin Arefi escreve, no 'site' da revista "La règle du jeu" e no blog "Dentelles et Tchador", ter falado telefonicamente com o filho da iraniana, Sajjad Mohammadi Ashtiani.
Segundo Sajjad, a mãe, de 43 anos, foi condenada a mais 99 chicotadas por ter propagado "a corrupção e a indecência" com a publicação de uma foto num diário britânico.
"Foi o advogado da minha mãe, Houtan Kian, que soube isto ontem (sexta-feira) por prisioneiras que foram libertadas", disse Sajjad. "Ele entrou depois em contacto com o juiz independente da prisão, que confirmou a pena", acrescentou.
O diário britânico The Times publicou a 28 de agosto uma foto de uma mulher sem lenço que afirmou ser de Sakineh Ashtiani, segundo explica Armin Arefi.
A fotografia, prossegue o jornalista, era afinal de uma activista política iraniana residente na Suécia. "A fotografia não é de certeza da minha mãe", disse Sajjad.
A condenação de Sakineh à morte por lapidação suscitou uma ampla campanha internacional contra este castigo que foi entretanto provisoriamente suspenso.
Mas "suspenso não quer dizer anulado", afirmou o filho numa entrevista dada ao filósofo Bernard-Henri Lévy publicada sexta-feira pelo diário francês Liberation.
In' JN
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