quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Galp dá gás à bolsa lisboeta


Crescimento dos EUA acima do esperado animou parte da Europa e reforçou os ganhos na bolsa de Lisboa.



A bolsa nacional encerrou em terreno positivo, com o melhor desempenho no Velho Continente, sustentada pelos dados do crescimento da economia norte-americana. A Galp, PT e BES foram os títulos que mais impulsionaram a tendência.

Quando foi divulgado que o PIB dos EUA cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre, já Lisboa negociava no verde, se bem que com ganhos tímidos. A praça nacional esteve a ser animada pela apresentação das medidas de austeridade por parte do Governo português, que estão a pressionar em baixa os juros das obrigações.

No entanto, a Europa estava generalizadamente no vermelho e inverteu o movimento com o anúncio do crescimento da maior economia do outro lado do Atlântico. O optimistmo não foi contudo duradouro em todas as praças europeias, já que algumas regressaram às perdas.

Por cá, o PSI-20 ganhou 0,42%, para 7.507,57 pontos, com 13 cotadas em alta, seis em baixa e uma inalterada.

O título que mais contribuiu para esta boa “performance” do índice de referência nacional foi a Galp Energia. A petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira subiu 1,44% para 12,66 euros, num dia em que o petróleo está bem sustentado nos mercados internacionais, tendo inclusivamente superado os 82 dólares por barril em Londres.

Ainda no sector energético, a REN ganhou 0,19%, para 2,675 euros, mas o grupo EDP não acompanhou o movimento. A EDP foi a cotada que mais travou os ganhos da bolsa nacional, a ceder 0,59% para 2,514 euros. A subsidiária EDP Renováveis, por seu lado, perdeu 0,38% para 4,15 euros.

A Portugal Telecom ajudou também a puxar pela praça lisboeta. A operadora liderada por Zeinal Bava registou um acréscimo de 0,94% para 9,79 euros. Nos últimos dias, a empresa foi alvo de várias notas de análise positiva, que dizem que a PT pode manter um dividendo agressivo. O banco suíço UBS, por exemplo, que subiu hoje a avaliação da operadora para 10 euros, disse que a PT poderá elevar o pagamento de dividendos para 0,70 euros por acção.

Ainda nas telecomunicações, a Zon foi a cotada que mais subiu na sessão de hoje, ao fechar com uma valorização de 2,84% para 2,90 euros. A Sonaecom, por seu lado, subiu 0,78%, a negociar nos 1,416 euros.

A banca foi hoje um dos sectores que mais impulsionou o índice de referência nacional, com a tendência a ser liderada pelo BCP. O banco liderado por Carlos Santos Ferreira avançou 0,79% para 0,639 euros.

A restante banca seguiu o mesmo caminho. O BES valorizou 1,37% para 3,395 euros e o BPI pula 0,71% para 1,563 euros. O sector está assim a aplaudir as medidas adicionais de austeridade e o consequente alívio nos juros da dívida pública, depois da forte pressão dos últimos dias.

Uma reviravolta na recta final da negociação de hoje foi protagonizada pela Jerónimo Martins, que continua a ser sustentada pelo optimismo dos investidores. A retalhista estava a transaccionar em baixa, a corrigir dos recentes ganhos, depois dos máximos históricos sucessivos em sete sessões de alta – ciclo que tinha interrompido na terça-feira, quando cedeu terreno, mas que tinha retomado ontem, ainda que timidamente.

No entanto, mesmo no final da sessão, a dona do Pingo Doce inverteu para o verde e encerrou a subir 0,04% para 9,81 euros. Recorde-se que o seu máximo histórico, atingido na segunda-feira, é de 9,989 euros.

A Brisa foi a cotada que mais desceu hoje, a depreciar-se 1,46% para 4,73 euros.

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