terça-feira, 21 de setembro de 2010

Justiça nega pedido de habeas corpus de Bruno e Macarrão

Retorno de acusados para Minas Gerais foi autorizada para esta quarta-feira.

A 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio concluiu nesta terça-feira o julgamento e negou o pedido de habeas corpus do goleiro Bruno Souza e de seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Eles são acusados de lesão corporal, seqüestro e cárcere privado de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, em outubro do ano passado no Rio. Na Justiça de Minas Gerais os dois respondem a outro processo, onde já foram negados outros habeas corpus. Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho. A decisão no Rio foi unânime.

Foto: Agência O Dia
Bruno e Macarrão na primeira audiência em Jacarepaguá | Foto: Agência O Dia

O julgamento do recurso no Rio teve início no dia 31 de agosto, quando o relator do processo, desembargador Alexandre Herculano Pessoa Varella, negou o pedido. Ele rejeitou os argumentos da defesa de que faltou fundamentação no decreto de prisão e de que não havia nos autos distinção entre as condutas dos acusados. O julgamento, no entanto, foi interrompido porque o desembargador Nildson Araújo da Cruz, segundo a votar, pediu vistas do processo.

No dia 17 de setembro, ele votou acompanhando o relator. Porém, a desembargadora Márcia Perrini Bodart, última a votar, também pediu para examinar os autos antes de decidir. Na sessão desta terça-feira, ela votou no sentido de negar o pedido, concluindo o julgamento do habeas corpus.

Bruno e Macarrão tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Por determinação do juiz, eles vieram de Belo Horizonte, Minas Gerais, no dia 26 de agosto, para audiências no juízo. A última foi realizada na última sexta-feira, finalizando a instrução criminal. Um ofício já foi enviado à Polinter autorizando o retorno dos acusados para Minas Gerais, marcado para esta quarta-feira.

O DIA noticia o desaparecimento de Eliza Samudio com exclusividade

Eliza está desaparecida desde o dia 4 de junho, quando teria saído do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite de Bruno. No ano passado, a estudante paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida do goleiro e que ele a teria agredido para que ela tomasse remédios abortivos para interromper a gravidez. Após o nascimento da criança, Eliza acionou a Justiça para provar a suposta paternidade de Bruno.

No dia 24 de junho, a polícia recebeu denúncias anônimas dizendo que Eliza teria sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. Durante a investigação, testemunhas confirmaram à polícia que viram Eliza, o filho e Bruno na propriedade. Na noite do dia 25 de junho, a polícia foi ao local e recebeu a informação de que o bebê apontado como filho do atleta, de 4 meses, estaria lá. No dia seguinte, O DIA noticiou, com exclusividade, o caso. Com equipes de reportagem no local, O DIA ONLINE acompanhou a investigação da história, minuto a minuto, a partir do dia 26 de junho.

A atual mulher do goleiro, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, negou a presença da criança na propriedade. No entanto, durante o depoimento dos funcionários do sítio, um dos amigos de Bruno afirmou que ela havia entregado o menino na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, onde foi encontrado. Por ter mentido à polícia, Dayanne Souza foi presa, mas logo conseguiu a liberdade. O goleiro e a mulher negam as acusações de que estariam envolvidos no desaparecimento de Eliza e alegam que ela abandonou a criança.

Na quarta-feira 7 de julho, a Justiça decretou prisão preventiva do goleiro Bruno, o amigo Macarrão, o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos - conhecido como "Neném", "Bola" ou "Paulista", sua mulher Dayanne e mais quatro envolvidos no crime. A polícia apreendeu ainda um menor, de 17 anos, primo de Bruno, que teria participado da trama. No dia seguinte, 8 de julho, a mãe de Eliza Samudio ganhou a guarda provisório do bebê, agora com 5 meses. No dia seguinte, Bruno, Macarrão e Neném foram convocados a prestar depoimento mas se negaram. Segundo seus advogados, os acusados só falarão em juízo.


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