Peter Lim, um milionário de Singapura, fez uma proposta de compra do clube de futebol britânico, ultrapassando em 20 milhões de libras a proposta original do grupo NESV.
Além desta proposta de compra, o magnata libertará 40 milhões de libras para a compra de jogadores para o clube, segundo a Bloomberg.
Esta notícia aparece num dia em que o Royal Bank of Scotland, o banco credor do clube, entrou com uma acção em tribunal para deter o bloqueio de Tom Hicks e George Gillets, co-proprietários actuais do clube, da proposta de compra da New England Sports Ventures de 300 milhões de libras, que, a consumar-se, salvaria o clube.
Os dois co-proprietários actuais alegaram, ao justificar a recusa em consumar a venda, que a compra “não é válida” porque terão despedido os dois membros da administração que a terão aprovado, à revelia do Conselho de Administração do próprio clube, que terá aprovado a venda.
O presidente do clube, Martin Broughton, que aprovou a venda, alega por sua vez que a venda é válida porque “só ele” terá o poder de mudar a estrutura do conselho.
O clube está em falência técnica, tendo os actuais donos de lidar com uma dívida que ascende já aos 237 milhões de libras. A verificar-se a falência, o Royal bank of Scotland não terá outra opção em trazer o Liverpool para debaixo da sua alçada, o que equivaleria a uma penalização em nove pontos na Liga. Uma catástrofe para o clube, neste momento no 18º posto da Primeira Divisão britânica, que acabaria por escorregar para a segunda divisão – depois de ter falhado o apuramento para a Liga dos campeões com uma consequente quebra nas receitas.
O magnata Peter Lim, um antigo corretor, manifestou num comunicado efectuado por e-mail citado pela Bloomberg, o seu empenhamento em “reconstruir o clube de modo a restituir a sua posição por entre os clubes de topo do Reino Unido e da Europa, onde realmente pertence”, propondo-se a “remover a dívida” para que o clube se passe a “focar no desempenho em campo”.
Os adeptos do Liverpool já protestaram, inclusive, contra a proposta da NESV, desagradados com um hipotético controlo do clube pela empresa americana, detentora do Boston Red Sox, equipa de ‘baseball’norte-americana.
Esta proposta poderá ter chegado demasiado tarde, diz a Bloomberg, já que o banco credor, o Royal Bank of Scotland, poderá forçar o desbloqueio da proposta de compra da NESV nos tribunais.
In' Jornal de Negócios
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