quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bovespa fecha em alta de 0,38%; investidor antecipa recesso de Natal

Poucos investidores tiveram disposição nesta quarta-feira para operar no mercado brasileiro de ações, que encerrou os negócios com uma valorização moderada, seguindo de perto o desempenho das Bolsas americanas. 

Os principais indicadores previstos para o dia, com o destaque para o PIB dos EUA, ficaram abaixo das expectativas do setor financeiro. No front doméstico, analistas avaliam que o Banco Central reforçou as expectativas de um aperto monetário ainda em janeiro.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, avançou 0,38% no fechamento, aos 68.470 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,17 bilhões, bem baixo da média de R$ 6,8 bilhões/dia deste mês. A Bolsa de Nova York ainda finalizou suas operações e registra alta de 0,17%.

O dólar comercial foi cotado por R$ 1,696, em um decréscimo de 0,11%. A taxa de risco-país marca 176 pontos, número 2,76% abaixo da pontuação anterior.

O governo americano divulgou a estimativa final do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre, revelando um crescimento de 2,6% ante o trimestre anterior (taxa anualizada). No segundo trimestre, o incremento foi de 1,7%. Economistas do setor financeiro estimavam uma alta de do PIB entre 2,7% e 2,8%.
Ainda nos EUA, a entidade privada NAR (associação dos corretores) apontou um crescimento de 5,6% nas vendas de imóveis usados em novembro. O mercado estimava um incremento de 6,8%.

PERSPECTIVAS
 
Dificilmente, a Bolsa de Valores deve cumprir os prognósticos de analistas, que previam o índice Ibovespa acima de sua marca histórica (em torno de 73 mil pontos) no final deste ano. Essas projeções foram atrasadas para o ano que vem, notadamente para o primeiro trimestre, quando o indicador acionário deve ultrapassar os 75 mil pontos, rumo à marca dos 80 mil.

Por enquanto, o mercado futuro não tem referendado esses prognósticos: o contrato futuro de índice aponta o Ibovespa ainda abaixo dos 70 mil nos primeiros meses do ano.

O otimismo desses analistas é baseado em pelo menos três fatores: a expectativa que as empresas brasileiras entreguem lucros significativos nos próximos trimestres; a expectativa de que a demanda chinesa ainda robusta por commodities (matérias-primas), junto com a recuperação, ainda incipiente, de Europa e dos EUA; a continuidade do crescimento da economia doméstica, ainda influenciado por um incremento do consumo doméstico.

Em relatório divulgado hoje, a Link Investimentos projeta um Ibovespa na marca dos 83 mil pontos para o final de 2011, citando, além dos motivos acima, um fluxo renovado de capital estrangeiro para o mercado brasileiro.

"Esperamos uma recuperação do fluxo de investimento estrangeiro na Bovespa ao longo de 2011, diante da perspectiva positiva da economia brasileira e a retomada da abertura de capital de empresas na Bolsa", comenta a equipe de analistas da Link, acrescentando: "deverá contribuir para isso a redução da percepção de risco dos investidores, com a potencial estabilização da situação financeira dos bancos na Europa".


BRASIL
 
O Banco Central, acompanhando o mercado, elevou suas projeções para a inflação de 2010 e de 2011. A previsão para o IPCA de 2010 subiu de 5,0% para 5,9%. Para 2011, passou de 4,6% para 5,0%.
O BC manteve a previsão de um crescimento do PIB de 7,3% em 2010. A primeira projeção para o crescimento em 2011 é de 4,5%.

E a pesquisa Seade/Dieese apontou uma taxa de desemprego no país de 10,6% em novembro, ante 10,8% no mês anterior. Na sexta-feira passada, o IBGE (que utiliza critérios diferentes) apontou uma taxa de desemprego de 5,7% para o mês passado, contra 6,1% registrados em outubro.


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