O governo de união do Líbano caiu hoje com a demissão dos ministros do movimento xiita libanês Hezbollah e aliados em protesto contra um tribunal apoiado pela ONU para investigar o assassínio do antigo primeiro-ministro Rafic Hariri.
A agência noticiosa estatal anunciou que 11 ministros abandonaram o executivo de 30 elementos liderado por Saad Hariri, filho do primeiro-ministro assassinado em 2005.
Segundo a Constituição libanesa, o governo cai se um terço dos seus ministros se demitir.
"Os ministros da oposição (...) apresentam a sua demissão do governo, esperando que o presidente da República [Michel Sleimane] tome rapidamente as medidas necessárias para formar um novo governo", disse o ministro da Energia, Gebrane Bassil, rodeado pelos ministros demissionários, durante um encontro com a imprensa em Rabyeh, perto de Beirute.
O movimento xiita libanês deu terça-feira ao governo um prazo de "algumas horas" para tomar uma decisão sobre o Tribunal Especial da ONU para o Líbano, que deverá implicar o movimento no assassínio de Hariri em 2005 e que o Hezbollah, o mais poderoso movimento armado do Líbano, quer ver repudiado pelo executivo.
O Tribunal, que deve concluir em breve a ata de acusação, é desde há meses objeto de um braço de ferro entre Said Hariri, que recusa comprometer o Tribunal, e o partido xiita, que acusa esta instância de estar "a soldo de Israel e dos Estados Unidos", e de se basear em "testemunhos falsos".
O anúncio das demissões ocorreu na altura em que Saad Hariri, em visita aos Estados Unidos, era recebido pelo presidente Barack Obama.
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