sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Petróleo acumula maior ganho semanal de dois anos com tensões no mundo árabe

Os preços do petróleo registaram o maior ganho semanal dos últimos dois anos. Clima de tensão na Líbia sustentou tendência.

As cotações da matéria-prima estiveram esta semana em máximos de 30 meses, sobretudo devido aos receios de que os violentos protestos na Líbia possam perturbar o fornecimento de petróleo daquele país e de outros produtores daquela região.

Em Londres, o contrato de Abril do Brent do Mar do Norte, “benchmark” para a Europa, está a subir 0,40%, para 111,81 dólares, o que corresponde a um ganho de 9% face aos valores de fecho da passada sexta-feira.

Ontem de manhã, o Brent chegou a negociar nos 119,79 dólares, o valor mais alto desde 22 de Agosto de 2008, a cerca de 18 dólares do seu máximo histórico. No entanto, a notícia do aumento das reservas norte-americanas de crude e o anúncio de que a Arábia Saudita (via OPEP), os EUA e a Agência Internacional da Energia (AIE) avançarão com mais petróleo para compensar quaisquer cortes do fornecimento líbio, acalmaram os mercados e os preços recuaram durante a tarde, tendo chegado mesmo a recuar nos EUA.

Acontece que a Arábia Saudita também vai enfrentar uma manifestação por parte da sua população... está marcada para o próximo mês e se houver conflitos neste país, a situação da oferta de crude pode deteriorar-se. Aliás, o clima de tensão em inúmeros países do Norte de África e do Médio Oriente tem sido o grande rastilho para a inflamação dos preços do “ouro negro”.

Na bolsa de Nova Iorque, o crude de referência (WTI) para entrega em Abril avança 0,14% para 97,42 dólares por barril, depois de ontem ter chegado a tocar nos 103,41 dólares. Assim, a subida semanal acumulada é de 13% - a maior desde a semana terminada a 27 de Fevereiro de 2009.

Recorde-se que os máximos históricos do petróleo foram atingidos a 11 de Julho de 2008, quando o Brent se fixou nos 147,50 dólares e o WTI nos 147,25 dólares.


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