terça-feira, 29 de março de 2011

Accionistas do BCP propõem aumento de capital de 1,12 mil milhões

Um conjunto de accionistas do BCP, que representam mais de um terço do capital do banco, avançaram com uma proposta a levar à Assembleia geral para que o capital social do BCP seja aumentado em 1,12 mil milhões de euros. A operação será efectuada em três fases e pressupõe a conversão de dívida em capital e a entrada de dinheiro dos actuais accionistas.

Os accionistas do Banco Comercial Português avançaram com um requerimento ao presidente da mesa da assembleia geral de accionistas, através do qual pretendem incluir um novo ponto na ordem de trabalhos da reunião de accionistas.
Este passa por aumentar o capital social do banco liderado por Carlos Santos Ferreira em 1,12 mil milhões de euros, numa operação efectuada em três fases.

O BCP é apontado pelos analistas com um dos bancos portugueses com rácios de capital mais fracos. Os mesmos analistas antecipavam que o banco teria que reforçar o seu capital, sobretudo devido à turbulência financeira que está a afectar Portugal, à proximidade da realização de novos testes de "stress" e imposição de regras mais apertadas de capital, definidas em Balileia III.
A primeira fase passa por aumentar o capital em 120,4 milhões de euros, através da incorporação de reservas de prémio de emissão, mediante a emissão de novas acções sem valor nominal, numa operação que o banco tinha já anunciado, quando decidiu cancelar o pagamento do dividendo.

A segunda fase passa pela conversão de dívida em capital. Será assim lançada uma oferta pública de troca, onde serão entregues novas acções aos detentores de valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados.
Esta operação pressupõe o aumento de capital de mil milhões de euros e a emissão de um máximo de 1,6 mil milhões de acções, com um preço de emissão que resultará da média ponderada da cotação do BCP nos dias anteriores ao lançamento da oferta, com um mínimo de 62,5 cêntimos.
Com esta oferta, os actuais detentores de dívida emitida pelo BCP, ou seja, os valores mobiliários perpétuos subordinados com juros condicionados, podem trocar estes títulos por novas acções que o banco vai emitir.

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