sexta-feira, 4 de março de 2011

PT e EDP pressionam praça lisboeta



A bolsa nacional fechou em baixa, pela quarta sessão consecutiva, a acompanhar a tendência das restantes congéneres da Europa, penalizada sobretudo pela Portugal Telecom e pela EDP.

As restantes bolsas do Velho Continente também encerraram a perder terreno de forma generalizada, pressionadas pela subida das cotações do petróleo e pelo anúncio de que o aumento de salários nos EUA não acompanhou a subida de preços da energia.

Por cá, o PSI-20 encerrou a cair 0,57%, para 7.902,62 pontos, com 13 cotadas em alta, seis em baixa e uma inalterada, numa sessão em que mudaram de mãos 42,1 milhões de acções.

O título que mais penalizou o índice de referência nacional foi a Portugal Telecom. A operadora liderada por Zeinal Bava cedeu 2,12% para 8,20 euros.


No restante sector, o movimento foi positivo. A Zon Multimédia fechou a subir 0,24% para 3,788 euros, ao passo que a Sonaecom avançou 0,47% para 1,487 euros.

A Sonaecom estendeu assim os ganhos de ontem, animada pela divulgação dos resultados relativos a 2010, números que ficaram acima da expectativa dos analistas. A subida das acções da empresa liderada por Ângelo Paupério reflecte também o anúncio de que pagará dividendos pela primeira vez. A remuneração proposta é de 0,05 euros por acção.

O segundo título que mais contribuiu para deixar a bolsa no vermelho foi a EDP. Apesar de a empresa comandada por António Mexia ter apresentado ontem resultados líquidos acima dos mil milhões de euros, a sua dívida aumentou para os 16,3 mil milhões de euros – o que deixou os analistas de sobreaviso.

Esta evolução da dívida foi sublinhada pelos analistas nas várias reacções aos números da eléctrica. O UBS disse que o “endividamento é excessivo” e o BPI referiu que “a EDP pode ser uma armadilha de valor”.

No restante sector, a Galp terminou inalterada face a ontem, a negociar nos 15,22 euros. A REN registou um acréscimo de 0,28% para 2,508 euros e a EDP Renováveis, em contrapartida, cedeu 0,92% para se fixar nos 4,295 euros.

A Jerónimo Martins esteve também do lado das quedas. A dona do Pingo Doce recuou 0,74% para 11,40 euros.

A banca, por seu turno, esteve mista, num dia em que os juros da dívida a 10 anos estabilizaram abaixo dos 7,5%.

O BCP resvalou 0,16% para 0,624 euros, ao passo que o BPI e o BES avançaram 0,29% para 1,40 euros e 0,25% para 3,226 euros, respectivamente.

Recorde-se que ontem o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, afirmou que é possível que haja uma subida dos juros já em Abril, o que penalizou o sector financeiro.

Do lado dos ganhos, destaque para a maior valorização do dia: a Altri. A empresa de pasta e papel subiu 1,76% para 1,679 euros. Segundo estimativas do Caixa BI, a Altri terá fechado o exercício de 2010 com lucros de 55,5 milhões de euros.


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