terça-feira, 19 de abril de 2011

CGTP expressou à "troika" oposição a pacotes de austeridade semelhantes a outros países

O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou hoje que defendeu junta da "troika" um alargamento do período para reduzir o défice e manifestou a oposição da central sindical a medidas semelhantes às aplicadas noutros países. 

"O que nós dissemos é que nos iremos opor de forma clara e inequívoca a novos pacotes de austeridade semelhantes aos que têm sido aplicados noutros países e que se têm vindo a desenhar para Portugal", afirmou Carvalho da Silva no final da reunião com a 'troika' da Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu, que decorreu no Ministério das Finanças em Lisboa.

O sindicalista explicou ainda que a delegação da CGTP defendeu junto dos responsáveis que a redução do défice não pode acontecer de acordo com os moldes e prazos actuais, defendendo que o prazo para baixar o défice orçamental para menos de três por cento deve ser alargado "pelo menos até 2013".

A CGTP defendeu também que a taxa de juro a aplicar a Portugal pelo empréstimo das autoridades internacionais "não pode ser o dobro ou o triplo do que pagam os países em melhores condições" e que apresentaram propostas que promovam o crescimento económico e que evitem situações de ruptura social.

Quando às propostas da 'troika', Carvalho da Silva não quis adiantar pormenores, dizendo que devem ser os responsáveis a explicar as suas próprias ideias, e que deve ser o Governo a apresentar propostas, explicando ainda que na reunião não estiveram presentes os responsáveis máximos governamentais, apesar de estarem representados por outras pessoas.

Questionado sobre possíveis alterações ao Código do Trabalho, no sentido de promover a flexibilidade laboral como foi aplicado noutros países, o responsável disse apenas que existem alguns indícios de que os responsáveis poderão estar a ponderar essa hipótese.

"Ninguém falou do Código do Trabalho, mas é claro que há uma relação na argumentação sobre o crescimento económico que conduz, em que moldes logo veremos, a essa questão do mercado de trabalho", disse, reafirmando a posição da central sindical que "pacotes de austeridade não conduzem ao crescimento" económico. 


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