O primeiro-ministro disse que o encontro desta manhã com José Luis Zapatero constituiu um "marco" para o reforço dos laços entre os dois países, destacando o papel que os capitais espanhóis podem desempenhar nas privatizações que se avizinham em Portugal.
“Quis transmitir a importância que tem para todo este processo, nomeadamente nas privatizações, os capitais espanhóis", afirmou o primeiro-ministro.
Falando em Madrid, no final de um encontro bilateral com José Luís Zapatero, Passos Coelho explicou que Portugal “tem um programa de reformas extremamente ambicioso” e que “temos consciência das dificuldades”.
No encontro, acrescentou o primeiro-ministro, “quis informar o governo espanhol não apenas das medidas que já foram adoptadas”, mas também da compromisso do Governo em respeitar as metas de consolidação orçamental.
Passos Coelho falou ainda do "risco comum" que representa a turbulência financeira, e mostrou-se crítico da resposta europeia. Está-se a aprovar as medidas “ao ritmo possível", mas precisamos de "mostrar uma comunicação ainda mais robusta” para que os mercados acreditem que a Europa vai vencer a crise, sublinhou.
Passos Coelho destacou ainda a necessidade de relançar o crescimento económico, sem o qual nenhum processo de consolidação orçamental e financeira pode ser duradouro.
No final do primeiro encontro oficial com o seu colega espanhol – onde, curiosamente, surgiram ambos vestidos com as mesmas cores, embora sejam de cor política diferente – Passos Coelho frisou que se tratou de “um marco muito importante para o reforço dos laços entre dois países e ao mesmo tempo de uma concertação estratégica entre dois aliados”.
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