quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Portugueses "invadem" o Chipre por falta de oportunidades e melhores salários

A falta de oportunidades no principal escalão do futebol português, melhores condições financeiras e a ambição de jogar nas competições europeias são as principais razões que levaram mais de 50 jogadores lusos para o Chipre. 

Na primeira divisão cipriota, só três das 14 equipas não têm, pelo menos, um futebolista luso no seu plantel e ao todo são mais de meia centena, contando também com o segundo escalão. "Em Portugal não há muito espaço para o jogador nacional e como os primeiros jogadores que vieram para cá deram um boa imagem, as equipas cipriotas começaram a apostar mais nesse mercado e felizmente tem corrido bem", explicou Nuno Morais. O agora 'trinco' do APOEL Nicósia deixou o Chelsea em 2007/08 e seguiu para a capital cipriota, de onde nunca mais saiu. "Tem sido excelente, o primeiro ano foi um pouco complicado, foi difícil habituar-me, mas a partir daí tudo tem corrido bem. As pessoas falam inglês, por isso a língua não é um obstáculo.

Se nos próximos anos continuar aqui fico muito feliz", reforçou o jogador de 27 anos, que se prepara para defrontar o FC Porto na Liga dos Campeões. "Vai ser um jogo especial", confessou. Colega de equipa de Nuno Morais no APOEL, o também médio Hélio Pinto, que começou a sua aventura no Chipre em 2005/06, vai mesmo mais longe e diz que só abandona o país se acontecer "uma grande surpresa". "Estou muito feliz aqui, sinto-me muito bem nesta equipa e não vejo razões para sair. Só se aparecer assim um grande clube", comentou o jogador luso.

Igualmente com 27 anos, Hélio Pinto, que primeiro vestiu a camisola do Apollon Limassol, contou que passou por algumas dificuldades no início da sua carreira, tanto no Benfica como no FC Sevilha (Espanha), e que a sua ida para o Chipre foi "decisão mais certa possível". "Foi um tiro no escuro, mas, graças a Deus, tenho sido mesmo muito feliz aqui", disse. Em Nicósia há menos tempo do que os outros dois compatriotas, David Caiado destaca que no Chipre o "jogador português é sinónimo de qualidade". "A nível financeiro é forte e os jogadores preferem vir para cá.

O jogador português aqui é sinónimo de qualidade e, por isso, apostam mais nisso", comentou o extremo do Olimpiacos Nicósia. "Se calhar até tem mais portugueses do que o campeonato português", brincou. Caiado, que fez a sua formação no Sporting, explicou que o calor acaba por ser um obstáculo, por isso os treinos são sempre ao fim da tarde, e que inicialmente não é fácil "conquistar" o povo cipriota. "Inicialmente, não são tão acolhedoras, mas depois, com o tempo, acabam por ser pessoas muito simpáticas. Também tenho aqui amigos já de Portugal e encontramo-nos muitas vezes", concluiu.

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