O empresário, que falava no congresso da CIP com o tema 'O Imperativo do Crescimento', disse que actualmente «não se vislumbra uma estratégia que potencie o crescimento para uma verdadeira competitividade das empresas».
Referindo-se ao primeiro-ministro e Presidente da República, Belmiro de Azevedo disse ter ficado satisfeito quando nos discursos de tomada de posse «alertaram para a importância fundamental das empresas para sairmos da crise», mas que tinha «razões para estar desiludido», embora «maior deve ser a desilusão do país» perante a falta de políticas estruturais de lançamento da economia.
«O problema de Portugal não é um plano de austeridade, mas saber para onde vamos a seguir», afirmou, acrescentando que o Governo ainda irá a tempo para «estancar a hemorragia».
Para Belmiro de Azevedo, «os políticos fazem contas de somar e subtrair, de multiplicar e dividir e acham que a Taxa Social Única (TSU) deve ser prioritária, mas no outro dia, aumentam mais a carga fiscal e condenam os empregadores a pagar mais IRC».
Criticando a polémica à volta dos bancos, o líder da Sonae considera mais fundamental que haja uma estratégia para o desenvolvimento das empresas: «Os bancos são apenas intermediários no processo, o mais importante é a riqueza que tem de ser criada na economia».
Belmiro de Azevedo adiantou não compreender porque são as empresas as «mais penalizadas» em termos fiscais quando são as que criam riqueza e emprego.
«O que o Governo está a dizer é que não vale a pena ser empreendedor, competitivo ou criar riqueza porque são esses que o Estado penaliza».
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