domingo, 27 de novembro de 2011

«Pearl Jam Twenty», Pearl Jam

Na história do rock, os bastidores sempre foram um fruto proibido poucas vezes filmado. Os Pearl Jam escancararam as portas a Cameron Crowe e este contou a história de forma brilhante.

Poucas vezes um documentário pôs a nu uma banda com a dimensão dos Pearl Jam. Sim, porque é de Liga dos Campeões que se trata e, conforme «Pearl Jam Twenty» demonstra, o caminho é o das estrelas. Por outras palavras, uma dimensão à Rolling Stones.

Para trás, há um caminho de duas décadas que Cameron Crowe recolheu e selecciou para um filme construído de trás para a frente onde o passado jornalístico do realizador está presente na construção narrativa.

Não há capítulo posto de parte nem sequer os mais dolorosos para uma banda que apesar de movida pelo mesmo combustível dos Nirvana, sempre se comportou de forma a sobreviver aos excessos de uma banda rock que cresce para mais infinito.

Vacinados pela morte de Andy Wood - vocalista dos Mother Love Bone, de onde viriam a transitar Stone Gossard e Jeff Ament - os Pearl Jam ascenderam a pulso, imunes, por exemplo, à antipatia de Kurt Cobain, entretanto resolvida.

Crowe soube perceber que o essencial dos Pearl Jam está na década de 90 e praticamente ignorou o período pós-tragédia de Roskilde para cá sem, contudo, deixar de mostrar, subtilmente, uma banda menos apaixonada e mais profissional.

Excertos de uma história que apaixona mesmo os mais cépticos em relação ao passado recente. No início, era o verbo, as guitarras e um Eddie Vedder tímido mas imbuído de raiva por nunca ter conhecido o pai verdadeiro.

«Pearl Jam Twenty» não transporta apenas uma dignidade admirável. Poucas vezes se conheceram os bastidores desta forma, tão reveladora e introspectiva de quatro homens (e um quinto, Matt Cameron, efectivamente apenas desde 1998) eternizados pelas canções.

Pearl Jam
«Pearl Jam Twenty»
Columbia/Sony Music


(Se assim o desejar, visite a fonte da informação clicando aqui)

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