Ao terceiro plano quinquenal sobre as metas espaciais, o objectivo
passou a ser oficial: a China quer levar o Homem à Lua e está a dar
todos os passos para isso.
Desde 1972 que um ser humano não caminha no satélite terrestre, o feito
foi na altura conduzido pela missão norte-americana Apolo 17. Quase 40
anos depois, e numa altura de perda do poder espacial ocidental, o
gigante asiático dá o passo à frente e anuncia o que já se suspeitava.
“A
China vai conduzir estudos para o plano preliminar de alunagem humana”,
pode-se ler no Livro Branco que determina as actividades espaciais
chinesas nos próximos cinco anos. O documento é o terceiro desde 2000,
quando o país anunciou, pela primeira vez, os objectivos a médio prazo
para o espaço.
O livro descreve várias actividades a realizar na
próxima meia década no âmbito da exploração espacial humana e da
exploração espacial profunda, e que fazem parte dos passos para uma
viagem humana à Lua. O lançamento das naves Shenzhou-9 e Shenzhou-10,
que vão treinar o acoplamento automático e com astronautas com a cápsula
em órbita Tiangong-1 ou o lançamento de um veículo até à Lua para
descer e pesquisar na superfície do satélite, são alguns desses passos.
O
documento sublinha ainda que a exploração chinesa está dentro de uma
política de paz. “Tem sido uma aspiração comum a toda a humanidade
explorar, desenvolver e utilizar o espaço com um propósito pacífico”,
disse nesta quinta-feira Zhang Wei, porta-voz da Administração Espacial
Chinesa, numa conversa com jornalistas devido à publicação do Livro
Branco.
Nos últimos anos, o país levou taikonautas ao espaço,
experimentou caminhadas espaciais e iniciou os testes para a construção
de uma estação espacial. No final deste ano, o sistema de posicionamento
global chinês, que rivaliza com o GPS norte-americano ou com o Galileu
da Europa, começou a funcionar. Muitos especialistas defendem que o
sistema será utilizado para fins militares.
No livro, os
objectivos para os próximos cinco anos passam ainda pela construção de
satélites de observação terrestre, a produção de um sistema mais
poderoso de transporte espacial, uma nova base espacial e o
desenvolvimento de experiências científicas espaciais para estudar os
buracos negros e a física quântica.
(Se assim o desejar, visite aqui a fonte da informação)
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