quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

S&P corta "rating" da EDP para lixo


A agência de notação financeira reduziu o “rating” da eléctrica de BBB para BB+, um nível que representa lixo.

“Esta revisão em baixa do rating da EDP segue-se aà revisão em baixa da notação da República Portuguesa para “BB” com outlook negativo, no dia 13 de Janeiro de 2012.

A notação de rating de longo prazo da EDP, agora em “BB+”, está um nível acima da notação de rating da República Portuguesa, o máximo permitido de acordo com os critérios aplicados pela S&P para entidades não soberanas na zona euro”, explica a EDP em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Já a S&P sublinha, no seu relatório, que “a capacidade creditícia enfraqueceu devido à ‘elevada’ exposição da empresa ao mercado português. E isto apesar da diversificação geográfica e do acordo estratégico com a China Three Gorges, que vai tornar-se no maior accionista da eléctrica”.

A mesma fonte diz também que remove a empresa de vigilância negativa, o que significa que nos próximos três meses não deverá proceder a novo “downgrade”. No entanto, mantém a perspectiva negativa, o que quer dizer que a notação pode voltar a ser cortada num período de 6 a 24 meses.

S&P diz que EDP vai continuar a gerar 40% das receitas em Portugal

“Nós vemos a EDP com elevada exposição aos riscos internos do país. Isto deve-se à elevada sensibilidade do sector ao risco do país e à concentração da empresa em Portugal. Antecipamos que a EDP continue a gerar mais de 40% das suas receitas em Portugal a médio prazo”, sublinha a agência.

A S&P acredita que a deterioração orçamental e económica das condições em Portugal e Espanha “vai continuar pesar” no perfil de crédito da EDP.


A S&P diz ainda que o facto de a China Three Gorges comprar parte da EDP protege a eléctrica do enfraquecimento económico do mercado português. Além disso, acrescenta, “elimina o risco de refinanciamento da EDP até 2014, aliviando as pressões dos elevados custos de financiamento”, entre outros.


Recorde-se que a S&P cortou dia 13 de Janeiro a notação da dívida soberana portuguesa para “junk”. Portugal ficou assim no “lixo” aos olhos das três maiores agências mundiais.

A agência desceu a notação do País de ‘BBB-’ para 'BB', passando assim a dívida pública portuguesa para a categoria de grau especulativo (“non-investment grade”). O "outlook" é negativo, o que significa que pode ser alvo de novos cortes.

No seguimento desse corte, a agência reduziu ainda empresas como o BCP, Parpública, Metropolitano de Lisboa. Mais recentemente, a descida do "rating" da República levou ainda a agência a desvalorizar a notação de risco do crédito da PT.


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