Além de criticar o
preço oferecido na OPA, Jose Aljaro considera que informação sobre
política de dividendos é "ambígua" e fala em conflito de interesses.
O administrador da Brisa indicado pela Abertis, que tem mais de 15% do capital da concessionária, votou contra o relatório do conselho de administração sobre a oportunidade e as condições da OPA lançada pela José de Mello e pelo fundo britânico Arcus.
De acordo com o documento, José Aljaro fundamentou o seu voto por considerar que “os méritos da oferta são negativos”. Isto porque o preço oferecido – 2,66 euros por acção – “é inferior ao valor das acções próprias adquiridas até há alguns meses pela Brisa no mercado (4 euros por acção)”, assim como à “avaliação média publicada por analistas até à divulgação da oferta, de acordo com a Bloomberg (2,94 euros por acção).
É também inferior, segundo indicou, à avaliação média nos relatórios de analistas dos assessores financeiros da Tagus, a “holding” detida pela José de Mello e Arcus, (3,42 euros por acção) e ao próprio valor da Brisa, dado que a Tagus não oferece um prémio de controlo.
Para o responsável da Abertis, que ainda não tomou uma decisão sobre se vende ou não na OPA, em causa no relatório está também o facto de a informação sobre política de dividendos que continua nos documentos da oferta ser “muito ambígua” e “não é clara”.
Franscico Aljaro sustentou ainda que “existe um conflito de interesses por parte dos membros do conselho de administração relacionados com o oferente, que em sua opinião, não deveriam ter participado na eleição dos assessores contratados durante este processo”, é referido.
Os restantes 13 administradores da Brisa aprovaram o relatório.
In' Jornal de Negócios
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