E em Espanha o campeão é… o Real Madrid. Isto porque, este sábado, naquele que muitos designaram como “o jogo do título”, os comandados de José Mourinho fizeram algo que não faziam desde a época 2007/2008: vencer em Barcelona, por 2-1, em jogo da 35.ª jornada da Liga espanhola. E, mais uma vez, com assinatura do “suspeito do costume”: Cristiano Ronaldo, autor do golo do triunfo.
Ciente da importância do encontro, numa altura em que as duas equipas estão separadas por apenas um ponto, a verdade é que o Real Madrid começou a construir a vitória na forma fria e tranquila como encarou a partida, mostrando-se, desde os primeiros instantes, mais seguro e decidido que o Barcelona. Que, com Messi manietado por Xavi Alonso, pouco conseguia fazer para se abeirar da baliza de Casillas.
O primeiro golo da partida surgiria, no entanto, na sequência de um pontapé de canto na direita, com a bola a viajar até ao poste mais distante, onde Pepe conseguiu saltar mais alto que o seu marcador directo e colocar, de cabeça, o esférico na pequena área, onde Khedira aproveitou para concretizar e fazer o 1-0.
O golo, além da alegria que provocou na formação de Madrid, que não vencia em Camp Nou desde ao época 2007/2008, tinha, sobretudo, o condão de transmitir justiça ao resultado, uma vez que eram os merengues que melhor se apresentavam em campo, mais organizados e perigosos. Sendo que, nas raras vezes em que conseguiu aproximar-se da baliza de Casillas (grande exibição!), os jogadores do Barcelona, com Messi e Tello como elementos mais esclarecidos, acabavam por não revelar destreza suficiente para fazer golo.
Contudo, já com o segundo tempo a decorrer, a equipa da casa acabaria mesmo por marcar, e por um jogador então recém-entrado: Alexis Sanchis, aos 70 m, na sequência de uma autêntica carambola, com Casillas a defender dois remates, o esférico a tabelar em vários jogadores, e com o futebolista mexicano, então já em queda, atabalhoadamente a rematar para dentro da baliza merengue.
Com o empate devolvido ao marcador, acreditou-se que seria o Barcelona a assumir as rédeas da partida, sujeitando os visitantes a um pressing final verdadeiramente sufocante – puro engano! Fortemente personalizado em campo, o Real Madrid não abanou e, apenas dois minutos depois de sofrer o golo, acabou mesmo por marcar, na sequência de uma jogada de contra-ataque rápido, com Ozil a desmarcar em profundidade Ronaldo, que, apenas com Valdez pela frente, rematou rasteiro por baixo do corpo do guardião, fazendo o 2-1 final… e o triunfo merengue, que deixa José Mourinho e o clube blanco com uma mão no ceptro de campeão!
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