Empresa portuguesa e Eni são as "top picks" do Goldman Sachs neste sector na Europa.
Quando o preço do petróleo cai abruptamente, as empresas do sector ganham
com esse movimento, uma vez que há um período que decorre até que essa
alteração de preços seja reflectida nas bombas. Este efeito é conhecido,
chama-se “time lag”, e funciona também no sentido inverso. Agora, numa
análise ao segundo trimestre, o Goldman Sachs vem dizer que, entre as
petrolíferas europeias, a Galp Energia
é a mais beneficiada. O valor deste efeito será em breve divulgado pela
Galp, quando a empresa liderada por Ferreira de Oliveira publicar os
habituais dados previsionais para o trimestre.
“Os preços do
Brent [crude de referência para as importações europeias, negociado em
Londres] caíram 28 dólares por barril no segundo trimestre de 2012,
aproximando-se da queda registada no terceiro trimestre de 2008 (45
dólares). Devido ao desfasamento na alteração de preços na bomba, nas
lojas a retalho, uma queda rápida das cotações resulta em fortes ganhos
de comercialização”, refere o “research” do banco norte-americano,
frisando o facto de a Galp ser a empresa que mais evidencia neste
aspecto.
Com efeito, segundo o banco, pegando no terceiro
trimestre de 2008 como exemplo, "a Galp destacou-se claramente entre as
restantes. Registou a maior subida dos resultados da actividade de
‘downstream’ [processamento e distribuição] do terceiro trimestre de
2008 em relação aos três meses anteriores”.
Relativamente à
produção de hidrocarbonetos no segundo trimestre deste ano, o Goldman
Sachs aponta para um aumento de 2% em termos homólogos, com o crude e
condensados a subirem 2% e o gás 3%. “Será a primeira vez desde o
terceiro trimestre de 2009 que a produção do sector aumenta, em termos
homólogos, tanto no petróleo como no gás, o que demonstra o quanto esta
indústria tem tido um crescimento tão pobre até agora”, sublinham os
analistas do departamento de “research” do banco.
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