terça-feira, 24 de julho de 2012

Oposição alemã exige demissão do ministro da Economia por admitir saída da Grécia do euro


A oposição alemã exigiu hoje à chanceler Angela Merkel que demita o ministro da economia, Phillip Rösler, por este ter afirmado que uma eventual saída da Grécia do euro "deixou de ser uma perspectiva assustadora".


O porta-voz da bancada dos sociais-democratas (SPD) para assuntos financeiros, Carsten Schneider, acusou Rösler, que é também chefe do Partido Liberal, "de pôr em risco o dinheiro dos contribuintes alemães", com as referidas declarações à televisão pública ARD, no domingo.

Quanto aos Verdes, secundaram as críticas do maior partido da oposição, afirmando que Rösler "prejudica a imagem da Alemanha enquanto parceiro fiável na Europa".

"É absurdo que um membro do governo faça campanha a favor da saída de um país da moeda única, enquanto o parlamento aprovou ajudas de milhares de milhões de euros a parceiros europeus, para travar uma fuga de capitais da zona euro", disse ao site do jornal de economia Handelsblatt Manuel Sarrazin, especialista dos Verdes em questões orçamentais.

As críticas a Rösler não se confinaram à oposição, o deputado europeu do seu próprio partido, Jorgo Chatzimarkakis, de ascendência grega, acusou o ministro da economia de "falta de profissionalismo", também devido às afirmações feitas na entrevista à ARD.

"Se Philipp Rösler, na situação que temos, baixa o polegar à Grécia, exigindo o seu sacrifício, é caso para perguntar em que planeta é que ele vive", disse Chatzimarkakis à emissora pública de rádio Deutschlandfunk, lembrando que, no dia a seguir à entrevista do presidente do seu partido, a bolsa de valores em Atenas caiu sete por cento, outras bolsas europeias acompanharam esta tendência, e o euro também deslizou.

"Isso também foi resultado das declarações do vice-chanceler", sustentou o deputado europeu.





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