Bernanke trava subida de Wall Street

Os principais índices bolsistas dos EUA fecharam pouco alterados depois de Ben Bernanke ter alertado para o facto de a Fed não ter meios suficientes para anular o impacto negativo do "precipício orçamental", caso não haja acordo.

O Dow Jones recuou 0,06% para 12.788,51 pontos, o Nasdaq subiu 0,02% para 2.916,684 pontos e o S&P500 avançou 0,07% para 1.387,82 pontos.

O presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, Ben Bernanke, deixou um alerta que voltou a pesar nos ânimos dos investidores. O responsável salientou que a instituição não tem instrumentos para anular o efeito do “precipício orçamental” na economia americana.

O “precipício orçamental” foi o nome dado por Ben Bernanke ao mecanismo que, se não for alterado pode levar os EUA a entrarem numa nova recessão. Isto porque estipula que no dia 1 de Janeiro se implementem cortes orçamentais e aumento de impostos de forma automática. Nessa altura expiram uma série de estímulos fiscais, alguns da era "George W. Bush". Entre eles estão os escalões do rendimento e a tributação de rendimentos de capital. Em simultâneo, podem ser accionados cortes automáticos na despesa pública, em particular com salários.

As palavras do presidente da Fed afectaram a confiança dos investidores, que levaram as bolsas do outro lado do Atlântico a cair.

Destaque também para a HP, que desceu 11,95% para 11,71 dólares, depois de ter reconhecido uma imparidade de 8,8 mil milhões de dólares devido a erros de contabilidade na Autonomy, empresa britânica que comprou em 2011.

Em queda fechou também a General Motors, ao perder 1,32% para 26,60 dólares, enquanto o Bank of America esteve entre as acções que contrariaram a descida dos índices, ao subir 1,48% para 9,63 dólares.

A sessão foi marcada pela subida dos índices europeus, apesar do anúncio de corte de “rating” por parte da Moody’s a França. Paris perdeu, para esta agência de notação financeira, o “rating” máximo de “AAA”.

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