quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Bovespa atinge maior valor em 9 meses puxada por Bradesco e Petrobras

 A Bovespa se descolou do pessimismo internacional e subiu impulsionada pelas ações do Bradesco e da Petrobras nesta quinta-feira (3), atingindo seu maior valor em nove meses.

Nos dois primeiros pregões de 2013, o principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, já acumula valorização de 3,9%.

Hoje, o indicador subiu 1,22%, a 63.312 pontos, e voltou ao seu maior nível em nove meses. O giro financeiro da Bolsa foi de R$ 7,23 bilhões.

"Começamos o ano com o investidor mostrando uma visão um pouco mais otimista", disse o estrategista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, em São Paulo. "Janeiro (do ano) passado foi muito bom e tudo indica que esse ano vai começar igual."

As ações preferenciais da Petrobras saltaram 3,6 por cento, a 20,40 reais, e foram a principal influência positiva para o Ibovespa na sessão.

Investidores reagiram bem a uma série de notícias sobre a estatal, com destaque para o anúncio de que os dados coletados no poço Carcará, na bacia de Santos, reforçam a expectativa de "elevado potencial" da área.

Operadores também citaram que investidores mostravam maior otimismo com o papel diante de comentários feitos pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, em dezembro, de que "certamente" haverá aumento de preços de combustíveis em 2013.

Bradesco liderou os ganhos do Ibovespa, com alta de 5,92 por cento, a 38,12 reais. Com isso, o papel atingiu sua máxima histórica de fechamento, registrando também forte volume de negócios.

Segundo Santos, da H.Commcor, o movimento pode estar relacionado à renovação do programa de recompra de ações anunciada pelo banco em 20 de dezembro, de até 15 milhões de papéis.

Ainda entre as mais negociadas, OGX subiu 2,94 por cento, a 4,90 reais, ao passo que a preferencial da Vale caiu 1,2 por cento, a 42,09 reais.

AES Eletropaulo teve a maior baixa do índice, com queda de 4,15 por cento, a 16,87 reais, devolvendo parte dos ganhos da véspera.

Na cena externa, os índices em Nova York operavam no campo negativo às 18h22 (horário de Brasília).

Os mercados nos EUA chegaram a ampliar as perdas nesta tarde, após a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrar preocupação crescente com os riscos da política de compra de ativos pelo Fed, o banco central do país.

Um acordo de última hora nos Estados Unidos para evitar o chamado "abismo fiscal" trouxe euforia aos mercados acionários na véspera, mas uma série de questões pendentes --como o aumento do teto da dívida e cortes de gastos do governo-- promete trazer novos embates políticos nos próximos dois meses.

"Existe essa preocupação, mas esse não é um problema para agora. No curto prazo, o mercado deve ficar um pouco mais solto e isso pode abrir espaço para algum rali da Bovespa neste início de ano", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor, Ariovaldo Santos, em São Paulo.

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