terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Justiça do Paquistão ordena prisão do primeiro-ministro

Raja Pervez Ashraf é acusado de ter participado num esquema de corrupção que lhe terá permitido desviar milhões de dólares.

A nove meses das eleições, o Supremo Tribunal do Paquistão ordenou nesta terça-feira a prisão imediata do primeiro-ministro do país, Raja Pervez Ashraf, acusado de participar num esquema de corrupção que terá envolvido a compra de unidades de produção de eletricidade.

As denúncias remontam a 2010, época em que Pervez Asharaf era ministro da Energia e Eletricidade, durante a qual terá usado o cargo para favorecer determinados grupos e angariar milhões de dólares em “luvas”.  Outras 15 pessoas também foram indiciadas no caso. As autoridades têm 24 horas para deter o primeiro-ministro, que deverá apresentar-se aos juízes até amanhã, quarta-feira, à tarde, mas é de esperar que os seus advogados consigam adiar o processo.

Segundo relata o correspondente da BBC em Islamabad, a decisão do Supremo Tribunal surge quando as ruas da capital estão tomadas por manifestantes anti-corrupção, liderados por um clérigo canadiano de origem paquistanesa, Tahirul Qadri. Desde sua chegada ao país, no mês passado, os críticos têm-no acusando-o de tentar sabotar o sistema democrático em vésperas de eleições.

Raja Pervez Ashraf tornou-se primeiro-ministro em Junho de 2012, após a saída do seu antecessor, Yousuf Raza Gilani, também considerado condenado pelo Supremo Tribunalde, mas por desrespeito à justiça. Gilani recusou-se a reabrir casos de corrupção contra o ainda presidente do país, Asif Ali Zardari. Alcunhado de “Senhor 10%”, Zardari chegou ao poder em Setembro de 2008 no rescaldo de uma vaga de simpatia do público desencadeada pelo assassinato de sua mulher, a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto.



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