Escritor considera que Moçambique podia ganhar com uma política de imigração que aproveitasse as pessoas mais qualificadas.
O escritor Mia Couto considera que Moçambique está a reagir de forma nervosa ao aumento da imigração portuguesa.
Em declarações à Renascença, o autor, que recebeu esta semana em mãos o Prémio Camões, afirma que Moçambique não tem "uma política, uma estratégia, uma visão para lidar com o assunto da imigração e a primeira resposta é uma resposta nervosa de quem está a ser posto em causa".
Mia Couto lembra que a economia moçambicana precisa do impulso da imigração qualificada.
"Tenho pena que assim seja, porque essa imigração seria positiva, porque estas economias – quer seja Angola ou Moçambique – vivem um momento de grande dinâmica e precisariam de gente que, a um certo nível, desse mais ímpeto a esse novo dinamismo."
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