segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BCE diz que banca portuguesa foi das que mais emagreceu

Desde o início da crise, desapareceram quase 600 instituições financeiras da Zona Euro. Essa redução do universo de bancos foi acompanhada de um esforço de racionalização que passou por fecho de balcões. Portugal está entre os países onde esse processo foi mais acentuado.

Segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), desde o início da crise financeira em 2008 até ao fim de 2012 desapareceram ou saíram da Zona Euro 592 instituições de crédito (9% do total), 191 só no ano passado. Os dados constam do relatório anual do Banco Central Europeu sobre a evolução das estruturas dos bancos dos países da Zona Euro.

Segundo o documento, divulgado nesta segunda-feira, a redução do universo de instituições financeiras foi acompanhada de um movimento de racionalização de balcões e trabalhadores entre os que permaneceram no mercado, destacando o BCE que, desde o início da crise, Grécia, Espanha e Portugal registaram, neste domínio, “a maior queda” .

No caso português, alguns indicadores permanecem, ainda assim, acima da média europeia. É o caso do rácio da população por cada balcão (1.694 em Portugal contra 1.945 na média da Zona Euro) e o rácio que pondera o valor dos activos por empregado bancário: quase 9,7 milhões de euros em Portugal contra 15 milhões na Zona Euro.

Portugal permanece, por outro lado, como o país onde é mais densa a rede de ATM, havendo um terminal por cada 616 habitantes, valor que fica aquém do rácio de 629 apurado em 2010 mas que permanece distante da média da Zona Euro (1.035).


In' Jornal de Negócios

Sem comentários:

Enviar um comentário