Desde o início da crise, desapareceram quase 600 instituições
financeiras da Zona Euro. Essa redução do universo de bancos foi
acompanhada de um esforço de racionalização que passou por fecho de
balcões. Portugal está entre os países onde esse processo foi mais
acentuado.
Segundo dados divulgados esta
segunda-feira pelo Banco Central Europeu (BCE), desde o início da crise
financeira em 2008 até ao fim de 2012 desapareceram ou saíram da Zona
Euro 592 instituições de crédito (9% do total), 191 só no ano passado.
Os dados constam do relatório anual do Banco Central Europeu sobre a
evolução das estruturas dos bancos dos países da Zona Euro.
Segundo o documento, divulgado nesta segunda-feira,
a redução do universo de instituições financeiras foi acompanhada de um
movimento de racionalização de balcões e trabalhadores entre os que
permaneceram no mercado, destacando o BCE que, desde o início da crise,
Grécia, Espanha e Portugal registaram, neste domínio, “a maior queda” .
No caso português, alguns indicadores permanecem, ainda assim, acima
da média europeia. É o caso do rácio da população por cada balcão (1.694
em Portugal contra 1.945 na média da Zona Euro) e o rácio que pondera o
valor dos activos por empregado bancário: quase 9,7 milhões de euros em
Portugal contra 15 milhões na Zona Euro.
Portugal permanece, por outro lado, como o país onde é mais densa a
rede de ATM, havendo um terminal por cada 616 habitantes, valor que fica
aquém do rácio de 629 apurado em 2010 mas que permanece distante da
média da Zona Euro (1.035).
In' Jornal de Negócios
Sem comentários:
Enviar um comentário