domingo, 7 de maio de 2017

Macron é o novo Presidente da França


Emmanuel Macron será o próximo presidente de França. As primeiras projecções à boca das urnas coincidem na atribuição de vitória ao candidato centrista, que em todas consegue votações acima da marca dos 65%. A projecção do instituto Ipsos para o Le Monde atribui 65,1% dos votos a Macron, ficando Marine Le Pen com 34,9%. Já a projecção do Harris Interactive coloca os dois candidatos ainda mais distanciados, Macron com 66,1% e Le Pen com 33,9%.  

A participação eleitoral estimada é de 25,3%, o que a confirmar-se será a menor afluência às urnas numa segunda volta presidencial desde 1969. 

À primeira eleição disputada, Macron vai assim tornar-se no mais jovem presidente da República gaulesa, com 39 anos de idade. Pelo seu lado, a candidata da extrema-direita já assumiu a derrota nesta jornada eleitoral, o que reforça ainda mais a convicção de que Macron venceu mesmo o acto eleitoral deste domingo. Felicitou ainda Macron pela vitória. 

Nesta altura, os apoiantes de Macron já festejam junto ao Museu do Louvre, o local previamente combinado para se realizarem os festejos se fosse o candidato centrista a vencer. 

Confirma-se também que as sondagens estavam certas ao atribuir a vitória a Macron, embora se anteveja agora que o ex-ministro da Economia tenha alcançado um resultado mais favorável do que previam mesmo resultados dos estudos de opinião mais optimistas para o candidato.  

Este resultado permitirá que se respire de alívio nas diversas capitais europeias, já que a eleição do europeísta Macron como presidente francês permite olhar para o futuro do projecto europeu com maior optimismo. 

Contudo, Macron não terá muito tempo para festejar. Isto porque já no próximo mês de Junho terão lugar as duas voltas das legislativas francesas, que vão determinar a composição da Assembleia Nacional com que Macron terá de governar.

O movimento Em Marcha, criado há menos de um ano pelo agora presidente eleito gaulês e que nunca disputou eleições, vai enfrentar partidos estabelecidos ao nível nacional, não apenas a Frente Nacional de Le Pen, mas também Os Republicanos (do candidato presidencial François Fillon), o Partido Socialista francês e ainda a esquerda que na primeira volta presidencial se uniu em torno da candidatura de Jean-Luc Mélenchon. 

No discurso em que assumiu a derrota, Le Pen fez questão de frisar que agora irá encabeçar o "combate para as legislativas". Seja como for, foi o melhor resultado em eleições presidenciais conseguido pela Frente Nacional, com a liderança de Le Pen a mostrar que o grau de rejeição do eleitorado francês em relação ao partido de extrema-direita é muito menor ao verificado, por exemplo, em 2002, quando Jean-Marie Le Pen, fundador da FN, não chegou sequer aos 20%.


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